terça-feira, 26 de julho de 2011

A Geração Y na Odontologia


Eles são 25% dos cirurgiões-dentistas brasileiros e vem mais por aí. O futuro da profissão está nas mãos dos jovens que cresceram habituados a conciliar múltiplas tarefas, unem lazer e trabalho e são ligados quase que intuitivamente à tecnologia e às novas mídias. Tema é um dos destaques da 46ª Reunião Anual da Abeno, que acontece de 10 a 13 de agosto, em Florianópolis (SC)e é precedida pela I Mostra de Experiências Exitosas dos Projetos Pró-Saúde e PET-Saúde da Área de Odontologia.  Estudantes, professores e pesquisadores de todo o País podem participar
O mundo contemporâneo passa por transformações incríveis. Em todos os níveis e em todas as instituições, notadamente os jovens que estão estudando nas universidades têm diferentes posturas, outras ideias e ideais diversos. Discute-se a necessidade de a universidade se preparar para atender esse público proporcionando uma  formação consistente, especialmente para os que se formam para serem futuros professores. Diante disso, a 46ª Reunião da Abeno vai oferecer aos seus participantes a oportunidade de discutir com o prof. Paulo Afonso Ronca, doutor em Psicologia Educacional e diretor do Instituto Esplan Editora e Serviços, quem são esses jovens, o que pensam, como agem e o que esperam da vida e do mercado de trabalho. Os futuros professores de Odontologia necessitam se preparar para encontrar estudantes ávidos por aprender sobre as relações interpessoais, tanto em sala de aula quanto em seus futuros consultórios”, acredita Ronca.
Os filhos da nova Odontologia
Distraídos, folgados, superficiais, impacientes, mas também antenados, interessados em construir um mundo melhor, engajados, democráticos. Esses são apenas alguns dos diversos e controversos adjetivos relacionados aos jovens que representam a chamada Geração Y, e que estão provocando mudanças no modo de construir o mundo. Essa geração, que inclui os nascidos entre 1978 e 1990, foi concebida na era digital, mais democrática e que representa uma ruptura da família tradicional, e estão cada vez mais focados na vida profissional. Eles são 25% dos cirurgiões-dentistas do Brasil: mais de 50 mil destes profissionais têm menos de 30 anos, segundo dados da pesquisa Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-dentista Brasileiro.
A vida profissional dessa geração é bem diferente da anterior: como os pais sempre fomentaram a sua autoestima, os jovens dessa faixa etária estão habituados a conseguir o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo. De acordo com pesquisa feita com 200 jovens de São Paulo pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), 99% só se mantêm envolvidos em atividades das quais gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Eles estão apostando em várias áreas e conquistando seu espaço. Na Odontologia não é diferente. A evolução do número de cursos de graduação no período de 1992 a 2008, a maior oferta de trabalho, tanto no serviço público como no privado, e a melhor remuneração foram alguns fatores que aproximaram a Geração Y do mercado odontológico.
Mas essa geração enfrenta desafios importantes ao chegar ao mercado, como a lacuna que ainda existe em sua formação no que diz respeito à gestão da carreira. Mesmo para eles, os desafios são grandes até o sucesso profissional. A maioria ainda não recebe orientações específicas na graduação sobre como gerir um negócio. Esse e outros aspectos da formação odontológica e do mercado da área serão abordados não só pela palestra do prof. Paulo Afonso Ronca, mas em toda a programação, cujo tema é A Odontologia e o Mundo do Trabalho. De acordo com o coordenador da 46ª Reunião da Abeno, prof. Cleo Nunes de Sousa, o tema desta reunião traz a preocupação da entidade em manter o ensino odontológico ligado a assuntos que envolvem a formação dos novos profissionais da Odontologia.
A programação, elaborada pela Comissão de Ensino, selecionou assuntos atuais e de grande interesse da classe, com palestrantes de reconhecida competência. Entre os temas que serão abordados estão Avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, Enade; Processo de Acreditação de Cursos de Odontologia no Mercosul; Uso de Tecnologia da Informação e Comunicação: Nova Área da Odontologia Aplicada ao Ensino; Formação Profissional para Gestão: na Academia, na Política e na Administração; Trabalho no Serviço Público e Formação Odontológica; Experiências Exitosas dos Projetos Pró-Saúde e Pet Saúde; Mercado de Trabalho em Odontologia Avaliação Externa; Residência Multiprofissional e Inserção do Cirurgião-Dentista; Formação para o Ensino na Saúde: Órgão de Fomento e a Formação Docente. Também haverá apresentações virtuais de pôsteres.

Cuidados pós-operatórios na extração do dente do siso evitam infecções.

O que são os dentes do siso?
Dentes do siso, dentes do juízo ou terceiros molares são os últimos dentes que se acomodam na arcada dentária. Isso normalmente ocorre entre os 17 e 20 anos de idade. Estão em número de dois na arcada superior (maxila) e dois na arcada inferior (mandíbula), dispostos um de cada lado (direito e esquerdo).

Por que algumas pessoas precisam extrair o dente do siso?
Os dentes do siso devem ser removidos em algumas situações específicas, como:
  • Falta de espaço na arcada dentária (arcada pequena ou dentes com o tamanho muito grande);
  • Dente acometido por cárie extensa ou reabsorção radicular;
  • Falta de contato oclusal com o dente antagonista (o superior tem que morder no inferior ou vice-versa);
  • Indicações ortodônticas ou protéticas;
  • Posicionamento inadequado sem possibilidade de correção através de tratamento ortodôntico;
  • Processos álgicos na região, associados ou não à articulação temporomandibular;
  • Processo infeccioso recorrente na região gengival (atrás ou próximo a este elemento).

Quais os primeiros cuidados a se tomar depois dessa extração?
Basicamente evitar: fumar, esforço físico, contato com alimento duro ou quente, colocar o dedo na região, abaixar a cabeça, nadar, fazer sauna ou falar muito.

Quais alimentos são liberados e quais são proibidos?
Liberados: alimentos em uma temperatura fria e de consistência macia, por exemplo: sopa, mingau, caldo, suco de fruta, massas (macarrão, lasanha) e o famoso sorvete.
Proibidos: alimentos de consistência dura ou quente, por exemplo: carne, chiclete, maçã, cenoura crua, café ou chá quente.

Pode-se fumar ou ingerir bebida alcoólica após a extração?
Esta prática é totalmente não recomendada, pois o cigarro, cachimbo ou charuto, além de promoverem a elevação da temperatura dos tecidos em contato com a fumaça produzida por eles, ainda apresentam na sua composição dezenas de elementos químicos que retardam a coagulação e podem promover a perda do coágulo sanguíneo que protege o alvéolo logo após a exodontia, podendo levar a mesma a um quadro infeccioso que chamamos de alveolite. Com relação ao álcool, pode interagir com o medicamento utilizado, debilitar e desidratar sistemicamente o organismo que faz uso do mesmo, diminuindo a resistência fisiológica, aumentando dessa maneira o risco de infecção, e também agir localmente como agente irritante do tecido mucoso que reveste a boca e o sistema digestivo.

Em caso de sangramento, o que fazer?
Primeiramente manter sempre a calma, ficar deitado com a cabeça posicionada pouco acima do resto do corpo (utilizar dois travesseiros), colocar uma gaze ligeiramente embebida em soro fisiológico frio no local e promover uma gentil compressão, fazer compressas com bolsa térmica gelada ou gelo envolvido por um saco plástico no local (externo da face), evitar falar ou fazer bochechos. Aguardar de 20 a 30 minutos, observar se ocorreu a diminuição do sangramento. Caso contrário, entre em contato com o seu cirurgião.

Quanto tempo é normal a pessoa sentir dor?
Diversos estudos apontam para iniciar a utilização do analgésico pós-operatório imediatamente após o procedimento cirúrgico, com a finalidade de não cronificar a dor, pois o controle do processo doloroso no início é muito mais fácil. Em geral, pequena sensibilidade dolorosa é esperada até 48 horas após o procedimento cirúrgico. Sabemos que, se esse processo ocorrer após o quinto dia pós-operatório e for aumentando, devemos desconfiar de presença de infecção local. O cirurgião deve ser avisado imediatamente para que possa tomar as devidas providências, como, por exemplo, avaliar o local e promover a troca ou associação de novo medicamento.

É permitido fazer bochechos? Existe algum produto especial?
Os bochechos não são orientados principalmente na primeira semana pós-operatória. Após a escovação cuidadosa e delicada dos demais dentes, orientamos o paciente a colocar a água muito cuidadosamente na boca e, sem fazer força, deixá-la sair de maneira passiva. A manutenção de substâncias à base de gluconato de clorexidina a 0,12% durante um minuto após a escovação sem bochechar também é recomendada, pois a clorexidina consegue promover a remoção da placa bacteriana no fio de sutura e nos locais próximos à cirurgia e ter uma importante ação antisséptica local.

Esforços físicos são permitidos a partir de quantos dias?
Irá depender do tipo e intensidade do esforço, mas normalmente atividades físicas mais intensas, como as praticadas na academia de ginástica, somente após sete dias do procedimento.

Há alguns cuidados na hora de dormir?
Fazer a correta higienização dos dentes e não comer no meio da noite esquecendo de higienizar depois, pois durante o sono temos a diminuição da produção do fluxo salivar, podendo diminuir a proteção dada pela saliva ao local operado e promover até uma infecção.

Fonte: Id Med

Os efeitos do cigarro sobre os dentes e a boca

Quais os perigos que a fumaça do cigarro representa para a saúde bucal?
O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais. Toda forma de uso de tabaco é comprovadamente prejudicial à saúde do homem e especialmente da boca. O consumo de cigarros, charutos ou produtos de tabaco mascado pode causar prejuízo à saúde bucal. A maioria das pesquisas encontradas na literatura é relacionada ao uso de tabaco na forma de cigarros.
Entre os principais danos à boca causados pelo fumo estão o câncer bucal, a doença periodontal e a halitose. O fumo também causa manchas nos dentes, língua e mucosas, deixando a boca com manchas escuras denominadas melanose do fumante. As defesas do organismo ficam diminuídas, tanto sistêmicas quanto locais, prejudicando a cicatrização de feridas e a osteointegração de implantes dentários.

O tabaco causa mau hálito?
Sim, os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração. O uso de cigarro, charuto, cachimbo, maconha ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.

É possível perder os dentes devido ao fumo?
Sim, vários estudos comprovam a associação hábito de fumar com a doença periodontal. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes.
A principal causa de doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Essa placa é composta principalmente por bactérias que produzem toxinas que destroem os tecidos de suporte dos dentes (gengiva, cemento, osso e ligamento periodontal), causando gengivite (inflamação das gengivas) e periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). A periodontite, quando severa, afeta o osso, causando aumento da mobilidade e até mesmo a perda dos dentes.
O exato papel do tabaco sobre os tecidos periodontais tem sido amplamente investigado. Pesquisas afirmam que fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Outros estudos afirmam que as toxinas presentes no cigarro podem induzir ou exacerbar a doença periodontal existente, além de prejudicar o tratamento, alterando a resposta imune local e diminuindo a ação dos fibroblastos na reparação dos tecidos lesados. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.

Por que a saúde bucal de um fumante é mais frágil do que a do não-fumante?
De acordo com o INCA, o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média 2 a 3 vezes mais que um não-fumante. Na composição do cigarro estão mais de 4.720 substâncias, dentre elas mais de 60 são capazes de causar danos ao nosso organismo. Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal.

Por que os dentes e as gengivas escurecem?
Entre os componentes do cigarro está a nicotina, que se acumula nas superfícies dos dentes, causando uma pigmentação escura.
A pigmentação das mucosas é denominada melanose do fumante. A nicotina do cigarro estimula a produção de melanina, causando manchas acastanhadas, principalmente nas gengivas dos fumantes de cigarro e nas comissuras e nas bochechas dos fumantes de cachimbo. As mulheres são mais afetadas, e tem sido sugerido que tal fato se deva aos hormônios femininos. As pigmentações ocorrem mais em fumantes inveterados. Com a cessação do hábito de fumar as manchas na mucosa desaparecem gradativamente, mas pode levar até três anos para que isso ocorra.

O cigarro pode provocar problemas na salivação?
Sim. A saliva tem um papel importante na proteção da boca, do epitélio gastrointestinal e da orofaringe. Em sua composição estão substâncias que participam da limpeza da boca e do equilíbrio da microflora bucal. A diminuição de saliva aumenta o risco de cáries e a propensão à candidose bucal.
O cigarro causa diminuição na secreção salivar, deixando uma sensação de boca seca, denominada xerostomia. Esse sintoma provoca dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, além de tornar a mucosa bucal mais sensível, podendo surgir feridas na boca e fissuras na língua.
Um estudo do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, recriou os efeitos do cigarro em células cancerígenas na boca. Metade das amostras foi exposta somente ao fumo e outra a uma mistura de fumo e saliva. Os pesquisadores constataram que o cigarro combinado com a saliva produz mais danos às células que o cigarro separadamente.

O hábito de fumar pode causar que tipos de câncer na região da boca e da garganta?
O tabagismo está relacionado aos cânceres de lábio e da cavidade bucal (câncer de boca), faringe, laringe e esôfago. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco decresce, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou.
A causa do câncer não tem um único fator definido. Ela depende de uma série de fatores sistêmicos, como doenças sistêmicas e deficiências nutricionais, e de fatores externos aos quais o indivíduo se expõe voluntariamente, como o fumo, o álcool e os raios solares. Entre os pacientes que morrem em decorrência de câncer da cavidade bucal, 90% são fumantes.
O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele clara que se expõe por muito tempo ao sol sem proteção. A grande maioria (90%) dos casos ocorre no lábio inferior e aparece como uma ulceração indolor, endurecida, rígida e encrostada no vermelhão do lábio inferior.
Na boca as áreas mais afetadas são a língua e o assoalho da boca. As lesões aparecem inicialmente como pequenas feridas indolores que não cicatrizam, aumentos de volume (caroços, inchaços) ou manchas esbranquiçadas ou avermelhadas.
De acordo com as estimativas do INCA para 2008, o câncer de boca está em 5º lugar em incidência no Brasil, seguido pelo câncer de esôfago.

Há mudanças no paladar?
Sim, o fumante tem alterações no olfato e no paladar dos alimentos. O fumo causa atrofia das papilas gustativas do dorso da língua, ocasionando diminuição do paladar, especialmente de alimentos salgados.

Há riscos de cárie?
Ainda não há uma comprovação científica de uma relação direta entre prevalência de cáries e fumantes. Existem algumas hipóteses que sugerem que as modificações na saliva causadas pelo fumo diminuem o potencial de remineralização e limpeza da saliva, aumentando o risco de cárie. Alguns estudos mostraram que fumantes têm maior quantidade de acúmulo de placa bacteriana que não-fumantes e uma higiene bucal mais deficiente, além de uma diminuição das defesas do organismo, o que leva a um maior risco de doença periodontal, expondo as raízes dos dentes ao meio bucal e à ação de bactérias cariogênicas.
Um estudo de 2003 nos Estados Unidos demonstrou uma associação entre tabagismo passivo e cáries nos dentes decíduos (de leite). O tabagismo passivo foi avaliado pelo nível de um derivado da nicotina, a cotinina, presente na saliva de crianças expostas à fumaça de cigarros. O nível socioeconômico, os hábitos alimentares e de higiene bucal dos dois grupos foram similares. Foi encontrado que nas crianças expostas ao cigarro o pH da saliva era significantemente mais ácido, o que pode causar maior desenvolvimento de cáries. O estudo também encontrou que aproximadamente 32% das crianças expostas ao cigarro tinham cáries nas superfícies de seus dentes de leite, comparado com 18% das crianças não expostas.

Quais os tratamentos para combater alguns efeitos do cigarro?
Mais importante que tratar é prevenir, é orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos.
O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar.
O Estomatologista é o profissional dentista especializado, capaz de identificar lesões cancerizáveis e realizar biópsias ou coleta de células da lesão para um correto diagnóstico e realização dos tratamentos necessários.
O autoexame é outra arma importante que o paciente tem na prevenção do câncer bucal. Ele é feito pelo próprio paciente diante de um espelho, em ambiente iluminado, inspecionando-se todas as superfícies da boca, principalmente parte posterior da língua e assoalho bucal. O paciente deve procurar:

- Feridas ou úlceras que não cicatrizem por mais de 15 dias;
- Manchas ou placas esbranquiçadas que não são removidas por raspagem;
- Manchas ou placas avermelhadas;
- Lesões nodulares, endurecidas;
- Inchaços na boca ou no pescoço.

Esse exame não substitui o exame feito por um profissional especializado. Mesmo se você não encontrar nenhuma alteração, não deixe de consultar um cirurgião-dentista pelo menos uma vez ao ano.

Para prevenir o câncer bucal o fumante deve:
Reduzir o uso do cigarro e se possível até mesmo abandoná-lo. Devemos lembrar que os danos são proporcionais à quantidade de cigarros fumados.
Evitar a associação do fumo com o álcool, pois este aumenta os efeitos nocivos do cigarro.
Ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras.
Realizar consultas periódicas com o dentista e manter uma boa higiene bucal.

Fonte: Id Med