terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vejam essa interessante publicação da Revista Veja

08/12/2011
às 21:14 \ Sem categoria

Células-tronco de polpa dentária promovem regeneração da medula espinhal em ratos

 

Um grupo de pesquisadores da universidade de Nagoya, no Japão, acaba de publicar uma pesquisa muito promissora: a partir de células-tronco (CT) obtidas de polpa dentária humana – que tem o potencial de diferenciar-se em células ósseas, cartilaginosas, adiposas e também neurônios em condições especiais de cultivo – eles conseguiram regenerar a medula espinhal que havia sido seccionada em ratos adultos e recuperar a função locomotora das suas patas traseiras. O trabalho, liderado por Minori Ueda, foi publicado na prestigiosa revista The Journal of Clinical Investigation.



O que tem mostrado outros estudos pré-clínicos com CT na regeneração da medula?
A identificação de CT capazes de recuperar a medula espinhal após injúria tem sido objeto de muita investigação. Na última década células-tronco de diferentes origens (incluindo CT humanas neurais, CT derivadas de embriões e CT da medula óssea) foram transplantadas em ratos ou camundongos que haviam sofrido lesão da medula e seus efeitos foram avaliados. Entretanto as pesquisas mostraram que essas células tinham uma sobrevida e/ou capacidade de regeneração reduzida com pouco benefício terapêutico.


Como foi feita essa nova pesquisa do grupo japonês?
Os cientistas obtiveram CT da polpa dentária de dentes de leite e de adultos (dente de siso) e o primeiro passo foi verificar se elas conseguiam se diferenciar em cultura em células neurais, isto é, se elas expressavam vários fatores que são característicos de células nervosas. É importante lembrar que existem vários tipos de células nervosas que são necessários para se recuperar a função sensorial e motora após uma lesão de medula. Uma vez confirmado que as CT da polpa dentária expressavam fatores característicos de diferentes células neurais elas foram transplantadas em ratos imediatamente após esses terem sido submetidos a uma secção total da medula espinhal. Para verificar se os resultados dependiam das propriedades das CT da polpa dentária e não da metodologia empregada os cientistas usaram como controles dois grupos de ratos submetidos ao mesmo experimento: no primeiro grupo injetaram CT da medula óssea e no segundo fibroblastos ( células derivadas da pele).


Quais foram os resultados?
Ratos que haviam sido transplantados com CT de polpa dentária humana – tanto de dente de leite, como adulto – mostraram uma recuperação muito superior à observada nos grupos injetados com CT de medula óssea ou fibroblastos. Essa melhoria foi observada logo após a operação durante a fase aguda da lesão medular. Cinco semanas após o transplante, os ratos com CT de polpa dentária eram capazes de locomover as patas traseiras de modo coordenado, enquanto os dois outros grupos só conseguiam movimentos sutis. De acordo com os pesquisadores, a observação de que os animais conseguiram recuperar os movimentos sugerem que as CT derivadas da polpa dentária foram capazes de promover também a regeneração dos axonios, as terminações nervosas que são projetadas a partir dos neurônios da medula espinhal.


Em resumo as perspectivas são otimistas
As CT derivadas de polpa dentária mostraram uma capacidade neuroregenerativa significante quando injetadas em ratos imediatamente após a secção da medula espinhal . Houve inibição da morte dos neurônios e células da bainha de mielina (a bainha que recobre as terminações nervosas) após a injúria, regeneração dos axonios (terminações nervosas) e substituição de oligodendrócitos lesionados (as células responsáveis pela formação e manutenção das bainhas de mielina) por oligodendrócitos maduros. Entretanto os pesquisadores reconhecem que esses resultados só foram obtidos imediatamente após a secção total da medula – o que certamente não poderá ser avaliado em seres humanos – e não sabemos quais seriam os resultados em diferentes lesões da medula. De qualquer modo essa pesquisa abre perspectivas muito otimistas.

Por Mayana Zatz

domingo, 18 de dezembro de 2011

O papel do cirurgião-dentista na UTI

As unidades de terapia intensiva (UTIs) têm a finalidade de agrupar pacientes com necessidades de cuidados frequentes e extraordinários de suporte de vida. Nes­ses pacientes, o monitoramento de órgãos e sistemas, que não são a causa direta do problema, não é esquecido.




Cirurgiões-dentistas atendem paciente em UTI Adulto
Este monitoramento também deve incluir o sistema estomatogná­tico, pois existem evidências clínicas de que a saúde bucal está relacionada à saúde geral.
Os cuidados bucais dos pacientes de UTIs são essenciais para evitar a proliferação de bactérias e fungos, que, além de pre­judicar a saúde bucal e o bem-estar do paciente, pode preju­dicar outros órgãos e sistemas, agravando o quadro clínico e prolongando a estada na UTI. A diminuição na limpeza natural da boca pela mastigação, pela movimentação de língua, boche­chas, a xerostomia e a ventilação mecânica (intubação) que im­pede o fechamento da boca deixando-a ressecada, somada às periodontopatias, favorecem a colonização por micro-organis­mos, agravando ainda mais a condição sistêmica pré-existente, influenciando o curso das infecções respiratórias. Após a aspi­ração, esses patógenos vão para as vias aéreas inferiores e os pacientes que recebem intubação e ventilação mecânica têm as defesas alteradas, aumentando o risco de desenvolver uma infecção pulmonar, principalmente broncopneumonia – BCP.
A cavidade oral tem sido considerada como um potente re­servatório de patógenos respiratórios, em especial, a pneu­monia nosocomial, ou por aspiração, que é uma infecção prevalente de alto custo e representa uma significativa causa de morbidade e mortalidade. A maioria dos pacientes que se encontram impossibilitados (de forma temporária ou perma­nente) com pneumonia bacteriana nosocomial são: crianças, jovens, pessoas acima de 65 anos de idade, pessoas que têm doença de base grave, imunossupressão, doença cardiopul­monar e pessoas que fizeram cirurgia tóracoabdominal.


Os protocolos de cuidados com a saúde bucal para diminuir riscos de doenças sistêmicas infecciosas são de grande valia para a saúde pública e privada, mas poucas instituições em­pregam esses protocolos para pacientes internados em en­fermarias ou UTI. Nunca é demais lembrar que ter saúde bu­cal é um direito de cidadania, assegurado pela Constituição de 1988, direito que deve ser efetivado mediante políticas públicas ou privadas, assegurando a promoção, a proteção e a recuperação, significando o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde.
Medidas simples, como limpar a região peribucal, mucosa jugal, palato, dentes ou rebordos alveolares e a língua, com gaze e escovas dentais descartáveis embebidas em digluco­nato de clorexidina a 0,12% duas vezes ao dia, influenciam na prevenção da pneumonia nosocomial, modulando-se o am­biente oral.
A clorexidina, até o momento, é o agente antimicrobiano local e apresenta boa substantividade, pois se adsorve às super­fícies orais, mostrando efeitos bacteriostáticos até 12 horas após a sua utilização, pois é de amplo espectro e atua como antisséptico, descontaminando a cavidade bucal. A concen­tração preconizada atualmente é de 0,12%, o que permite a retenção de mais de 30% da clorexidina nos tecidos moles.
Alguns desafios são identificados, mas nenhum que não pos­sa ser enfrentado:
  • Cirurgião-Dentista com conhecimento de fisiologia oral, identificando as barreiras relacionadas à higiene bucal para saber transmitir à equipe de enfermagem.
  • Aquisição ou adaptação de materiais já existentes na UTI.
  • Percepção da importância do tratamento bucal e entender o desconforto do paciente pela equipe de enfermagem.
  • Dificuldades de comunicação com o paciente crítico.
O projeto de lei 2776/2008, de autoria do Deputado Federal Neilton Mulin (PR-RJ), está em andamento na Câmara dos Deputados, que torna obrigatória a inclusão do cirurgião-den­tista nas equipes multiprofissionais das unidades de terapia intensiva (UTI), e se aprovado, vai garantir mais benefícios para a população e para a Odontologia. As dificuldades na melhora do quadro clínico do paciente infantil ou adulto e o prolongamento do tempo de internação na UTI geram uma diminuição no número de vagas disponíveis e, consequente, aumento dos gastos hospitalares.
A participação do cirurgião-dentista na relação interdiscipli­nar de saúde é de fundamental importância para a terapêutica e qualidade de vida dos pacientes hospitalizados.
 

terça-feira, 26 de julho de 2011

A Geração Y na Odontologia


Eles são 25% dos cirurgiões-dentistas brasileiros e vem mais por aí. O futuro da profissão está nas mãos dos jovens que cresceram habituados a conciliar múltiplas tarefas, unem lazer e trabalho e são ligados quase que intuitivamente à tecnologia e às novas mídias. Tema é um dos destaques da 46ª Reunião Anual da Abeno, que acontece de 10 a 13 de agosto, em Florianópolis (SC)e é precedida pela I Mostra de Experiências Exitosas dos Projetos Pró-Saúde e PET-Saúde da Área de Odontologia.  Estudantes, professores e pesquisadores de todo o País podem participar
O mundo contemporâneo passa por transformações incríveis. Em todos os níveis e em todas as instituições, notadamente os jovens que estão estudando nas universidades têm diferentes posturas, outras ideias e ideais diversos. Discute-se a necessidade de a universidade se preparar para atender esse público proporcionando uma  formação consistente, especialmente para os que se formam para serem futuros professores. Diante disso, a 46ª Reunião da Abeno vai oferecer aos seus participantes a oportunidade de discutir com o prof. Paulo Afonso Ronca, doutor em Psicologia Educacional e diretor do Instituto Esplan Editora e Serviços, quem são esses jovens, o que pensam, como agem e o que esperam da vida e do mercado de trabalho. Os futuros professores de Odontologia necessitam se preparar para encontrar estudantes ávidos por aprender sobre as relações interpessoais, tanto em sala de aula quanto em seus futuros consultórios”, acredita Ronca.
Os filhos da nova Odontologia
Distraídos, folgados, superficiais, impacientes, mas também antenados, interessados em construir um mundo melhor, engajados, democráticos. Esses são apenas alguns dos diversos e controversos adjetivos relacionados aos jovens que representam a chamada Geração Y, e que estão provocando mudanças no modo de construir o mundo. Essa geração, que inclui os nascidos entre 1978 e 1990, foi concebida na era digital, mais democrática e que representa uma ruptura da família tradicional, e estão cada vez mais focados na vida profissional. Eles são 25% dos cirurgiões-dentistas do Brasil: mais de 50 mil destes profissionais têm menos de 30 anos, segundo dados da pesquisa Perfil Atual e Tendências do Cirurgião-dentista Brasileiro.
A vida profissional dessa geração é bem diferente da anterior: como os pais sempre fomentaram a sua autoestima, os jovens dessa faixa etária estão habituados a conseguir o que querem, não se sujeitam às tarefas subalternas de início de carreira e lutam por salários ambiciosos desde cedo. De acordo com pesquisa feita com 200 jovens de São Paulo pela Fundação Instituto de Administração (FIA/USP), 99% só se mantêm envolvidos em atividades das quais gostam, e 96% acreditam que o objetivo do trabalho é a realização pessoal. Eles estão apostando em várias áreas e conquistando seu espaço. Na Odontologia não é diferente. A evolução do número de cursos de graduação no período de 1992 a 2008, a maior oferta de trabalho, tanto no serviço público como no privado, e a melhor remuneração foram alguns fatores que aproximaram a Geração Y do mercado odontológico.
Mas essa geração enfrenta desafios importantes ao chegar ao mercado, como a lacuna que ainda existe em sua formação no que diz respeito à gestão da carreira. Mesmo para eles, os desafios são grandes até o sucesso profissional. A maioria ainda não recebe orientações específicas na graduação sobre como gerir um negócio. Esse e outros aspectos da formação odontológica e do mercado da área serão abordados não só pela palestra do prof. Paulo Afonso Ronca, mas em toda a programação, cujo tema é A Odontologia e o Mundo do Trabalho. De acordo com o coordenador da 46ª Reunião da Abeno, prof. Cleo Nunes de Sousa, o tema desta reunião traz a preocupação da entidade em manter o ensino odontológico ligado a assuntos que envolvem a formação dos novos profissionais da Odontologia.
A programação, elaborada pela Comissão de Ensino, selecionou assuntos atuais e de grande interesse da classe, com palestrantes de reconhecida competência. Entre os temas que serão abordados estão Avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes, Enade; Processo de Acreditação de Cursos de Odontologia no Mercosul; Uso de Tecnologia da Informação e Comunicação: Nova Área da Odontologia Aplicada ao Ensino; Formação Profissional para Gestão: na Academia, na Política e na Administração; Trabalho no Serviço Público e Formação Odontológica; Experiências Exitosas dos Projetos Pró-Saúde e Pet Saúde; Mercado de Trabalho em Odontologia Avaliação Externa; Residência Multiprofissional e Inserção do Cirurgião-Dentista; Formação para o Ensino na Saúde: Órgão de Fomento e a Formação Docente. Também haverá apresentações virtuais de pôsteres.

Cuidados pós-operatórios na extração do dente do siso evitam infecções.

O que são os dentes do siso?
Dentes do siso, dentes do juízo ou terceiros molares são os últimos dentes que se acomodam na arcada dentária. Isso normalmente ocorre entre os 17 e 20 anos de idade. Estão em número de dois na arcada superior (maxila) e dois na arcada inferior (mandíbula), dispostos um de cada lado (direito e esquerdo).

Por que algumas pessoas precisam extrair o dente do siso?
Os dentes do siso devem ser removidos em algumas situações específicas, como:
  • Falta de espaço na arcada dentária (arcada pequena ou dentes com o tamanho muito grande);
  • Dente acometido por cárie extensa ou reabsorção radicular;
  • Falta de contato oclusal com o dente antagonista (o superior tem que morder no inferior ou vice-versa);
  • Indicações ortodônticas ou protéticas;
  • Posicionamento inadequado sem possibilidade de correção através de tratamento ortodôntico;
  • Processos álgicos na região, associados ou não à articulação temporomandibular;
  • Processo infeccioso recorrente na região gengival (atrás ou próximo a este elemento).

Quais os primeiros cuidados a se tomar depois dessa extração?
Basicamente evitar: fumar, esforço físico, contato com alimento duro ou quente, colocar o dedo na região, abaixar a cabeça, nadar, fazer sauna ou falar muito.

Quais alimentos são liberados e quais são proibidos?
Liberados: alimentos em uma temperatura fria e de consistência macia, por exemplo: sopa, mingau, caldo, suco de fruta, massas (macarrão, lasanha) e o famoso sorvete.
Proibidos: alimentos de consistência dura ou quente, por exemplo: carne, chiclete, maçã, cenoura crua, café ou chá quente.

Pode-se fumar ou ingerir bebida alcoólica após a extração?
Esta prática é totalmente não recomendada, pois o cigarro, cachimbo ou charuto, além de promoverem a elevação da temperatura dos tecidos em contato com a fumaça produzida por eles, ainda apresentam na sua composição dezenas de elementos químicos que retardam a coagulação e podem promover a perda do coágulo sanguíneo que protege o alvéolo logo após a exodontia, podendo levar a mesma a um quadro infeccioso que chamamos de alveolite. Com relação ao álcool, pode interagir com o medicamento utilizado, debilitar e desidratar sistemicamente o organismo que faz uso do mesmo, diminuindo a resistência fisiológica, aumentando dessa maneira o risco de infecção, e também agir localmente como agente irritante do tecido mucoso que reveste a boca e o sistema digestivo.

Em caso de sangramento, o que fazer?
Primeiramente manter sempre a calma, ficar deitado com a cabeça posicionada pouco acima do resto do corpo (utilizar dois travesseiros), colocar uma gaze ligeiramente embebida em soro fisiológico frio no local e promover uma gentil compressão, fazer compressas com bolsa térmica gelada ou gelo envolvido por um saco plástico no local (externo da face), evitar falar ou fazer bochechos. Aguardar de 20 a 30 minutos, observar se ocorreu a diminuição do sangramento. Caso contrário, entre em contato com o seu cirurgião.

Quanto tempo é normal a pessoa sentir dor?
Diversos estudos apontam para iniciar a utilização do analgésico pós-operatório imediatamente após o procedimento cirúrgico, com a finalidade de não cronificar a dor, pois o controle do processo doloroso no início é muito mais fácil. Em geral, pequena sensibilidade dolorosa é esperada até 48 horas após o procedimento cirúrgico. Sabemos que, se esse processo ocorrer após o quinto dia pós-operatório e for aumentando, devemos desconfiar de presença de infecção local. O cirurgião deve ser avisado imediatamente para que possa tomar as devidas providências, como, por exemplo, avaliar o local e promover a troca ou associação de novo medicamento.

É permitido fazer bochechos? Existe algum produto especial?
Os bochechos não são orientados principalmente na primeira semana pós-operatória. Após a escovação cuidadosa e delicada dos demais dentes, orientamos o paciente a colocar a água muito cuidadosamente na boca e, sem fazer força, deixá-la sair de maneira passiva. A manutenção de substâncias à base de gluconato de clorexidina a 0,12% durante um minuto após a escovação sem bochechar também é recomendada, pois a clorexidina consegue promover a remoção da placa bacteriana no fio de sutura e nos locais próximos à cirurgia e ter uma importante ação antisséptica local.

Esforços físicos são permitidos a partir de quantos dias?
Irá depender do tipo e intensidade do esforço, mas normalmente atividades físicas mais intensas, como as praticadas na academia de ginástica, somente após sete dias do procedimento.

Há alguns cuidados na hora de dormir?
Fazer a correta higienização dos dentes e não comer no meio da noite esquecendo de higienizar depois, pois durante o sono temos a diminuição da produção do fluxo salivar, podendo diminuir a proteção dada pela saliva ao local operado e promover até uma infecção.

Fonte: Id Med

Os efeitos do cigarro sobre os dentes e a boca

Quais os perigos que a fumaça do cigarro representa para a saúde bucal?
O uso crônico de tabaco é considerado um fator de risco para uma série de doenças orais. Toda forma de uso de tabaco é comprovadamente prejudicial à saúde do homem e especialmente da boca. O consumo de cigarros, charutos ou produtos de tabaco mascado pode causar prejuízo à saúde bucal. A maioria das pesquisas encontradas na literatura é relacionada ao uso de tabaco na forma de cigarros.
Entre os principais danos à boca causados pelo fumo estão o câncer bucal, a doença periodontal e a halitose. O fumo também causa manchas nos dentes, língua e mucosas, deixando a boca com manchas escuras denominadas melanose do fumante. As defesas do organismo ficam diminuídas, tanto sistêmicas quanto locais, prejudicando a cicatrização de feridas e a osteointegração de implantes dentários.

O tabaco causa mau hálito?
Sim, os produtos da combustão do tabaco são uma das principais causas de mau hálito, também denominado halitose. Os odores da fumaça inalada são expelidos durante a fala e a respiração. O uso de cigarro, charuto, cachimbo, maconha ou tabaco mascado (fumo de rolo), associado a uma má higiene da boca, da língua e à presença de doença periodontal, pode tornar o hálito extremamente desagradável. Outro agravante é a diminuição do fluxo salivar (boca seca) causada por essas substâncias, diminuindo a “limpeza” fisiológica do próprio organismo, aumentando a halitose do paciente.

É possível perder os dentes devido ao fumo?
Sim, vários estudos comprovam a associação hábito de fumar com a doença periodontal. A doença periodontal é um processo inflamatório crônico da gengiva e/ou dos tecidos de suporte dos dentes, podendo levar à reabsorção óssea alveolar, ao aumento da mobilidade dental, à exposição das raízes e perda dos dentes.
A principal causa de doença periodontal é o acúmulo de placa bacteriana nas superfícies dos dentes. Essa placa é composta principalmente por bactérias que produzem toxinas que destroem os tecidos de suporte dos dentes (gengiva, cemento, osso e ligamento periodontal), causando gengivite (inflamação das gengivas) e periodontite (inflamação dos tecidos ao redor do dente). A periodontite, quando severa, afeta o osso, causando aumento da mobilidade e até mesmo a perda dos dentes.
O exato papel do tabaco sobre os tecidos periodontais tem sido amplamente investigado. Pesquisas afirmam que fumantes têm maior acúmulo de placa que não-fumantes e que as bactérias presentes nessa placa são mais agressivas, podendo causar formas mais graves de doença periodontal. Outros estudos afirmam que as toxinas presentes no cigarro podem induzir ou exacerbar a doença periodontal existente, além de prejudicar o tratamento, alterando a resposta imune local e diminuindo a ação dos fibroblastos na reparação dos tecidos lesados. A severidade da doença periodontal está relacionada com a duração e a quantidade de cigarros fumados por dia.

Por que a saúde bucal de um fumante é mais frágil do que a do não-fumante?
De acordo com o INCA, o consumo de tabaco causa aproximadamente 50 doenças diferentes e um fumante adoece em média 2 a 3 vezes mais que um não-fumante. Na composição do cigarro estão mais de 4.720 substâncias, dentre elas mais de 60 são capazes de causar danos ao nosso organismo. Na boca, o cigarro agride as células da mucosa e ainda diminui sua capacidade de cicatrização e de defesa, deixando-a mais sujeita à ação de agentes agressores como bactérias, vírus e fungos, além de conter substâncias carcinogênicas que aumentam a probabilidade do desenvolvimento de câncer bucal.

Por que os dentes e as gengivas escurecem?
Entre os componentes do cigarro está a nicotina, que se acumula nas superfícies dos dentes, causando uma pigmentação escura.
A pigmentação das mucosas é denominada melanose do fumante. A nicotina do cigarro estimula a produção de melanina, causando manchas acastanhadas, principalmente nas gengivas dos fumantes de cigarro e nas comissuras e nas bochechas dos fumantes de cachimbo. As mulheres são mais afetadas, e tem sido sugerido que tal fato se deva aos hormônios femininos. As pigmentações ocorrem mais em fumantes inveterados. Com a cessação do hábito de fumar as manchas na mucosa desaparecem gradativamente, mas pode levar até três anos para que isso ocorra.

O cigarro pode provocar problemas na salivação?
Sim. A saliva tem um papel importante na proteção da boca, do epitélio gastrointestinal e da orofaringe. Em sua composição estão substâncias que participam da limpeza da boca e do equilíbrio da microflora bucal. A diminuição de saliva aumenta o risco de cáries e a propensão à candidose bucal.
O cigarro causa diminuição na secreção salivar, deixando uma sensação de boca seca, denominada xerostomia. Esse sintoma provoca dificuldade na mastigação, deglutição e fonação, além de tornar a mucosa bucal mais sensível, podendo surgir feridas na boca e fissuras na língua.
Um estudo do Instituto de Tecnologia Technion-Israel, em Haifa, recriou os efeitos do cigarro em células cancerígenas na boca. Metade das amostras foi exposta somente ao fumo e outra a uma mistura de fumo e saliva. Os pesquisadores constataram que o cigarro combinado com a saliva produz mais danos às células que o cigarro separadamente.

O hábito de fumar pode causar que tipos de câncer na região da boca e da garganta?
O tabagismo está relacionado aos cânceres de lábio e da cavidade bucal (câncer de boca), faringe, laringe e esôfago. Dependendo do tipo e da quantidade de tabaco usado, os fumantes apresentam uma probabilidade 4 a 15 vezes maior de desenvolver câncer de boca do que os não-fumantes. Se a pessoa deixa de fumar esse risco decresce, mas somente após 10 anos sem fumar terá o mesmo risco de desenvolver a doença que uma pessoa que nunca fumou.
A causa do câncer não tem um único fator definido. Ela depende de uma série de fatores sistêmicos, como doenças sistêmicas e deficiências nutricionais, e de fatores externos aos quais o indivíduo se expõe voluntariamente, como o fumo, o álcool e os raios solares. Entre os pacientes que morrem em decorrência de câncer da cavidade bucal, 90% são fumantes.
O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas de pele clara que se expõe por muito tempo ao sol sem proteção. A grande maioria (90%) dos casos ocorre no lábio inferior e aparece como uma ulceração indolor, endurecida, rígida e encrostada no vermelhão do lábio inferior.
Na boca as áreas mais afetadas são a língua e o assoalho da boca. As lesões aparecem inicialmente como pequenas feridas indolores que não cicatrizam, aumentos de volume (caroços, inchaços) ou manchas esbranquiçadas ou avermelhadas.
De acordo com as estimativas do INCA para 2008, o câncer de boca está em 5º lugar em incidência no Brasil, seguido pelo câncer de esôfago.

Há mudanças no paladar?
Sim, o fumante tem alterações no olfato e no paladar dos alimentos. O fumo causa atrofia das papilas gustativas do dorso da língua, ocasionando diminuição do paladar, especialmente de alimentos salgados.

Há riscos de cárie?
Ainda não há uma comprovação científica de uma relação direta entre prevalência de cáries e fumantes. Existem algumas hipóteses que sugerem que as modificações na saliva causadas pelo fumo diminuem o potencial de remineralização e limpeza da saliva, aumentando o risco de cárie. Alguns estudos mostraram que fumantes têm maior quantidade de acúmulo de placa bacteriana que não-fumantes e uma higiene bucal mais deficiente, além de uma diminuição das defesas do organismo, o que leva a um maior risco de doença periodontal, expondo as raízes dos dentes ao meio bucal e à ação de bactérias cariogênicas.
Um estudo de 2003 nos Estados Unidos demonstrou uma associação entre tabagismo passivo e cáries nos dentes decíduos (de leite). O tabagismo passivo foi avaliado pelo nível de um derivado da nicotina, a cotinina, presente na saliva de crianças expostas à fumaça de cigarros. O nível socioeconômico, os hábitos alimentares e de higiene bucal dos dois grupos foram similares. Foi encontrado que nas crianças expostas ao cigarro o pH da saliva era significantemente mais ácido, o que pode causar maior desenvolvimento de cáries. O estudo também encontrou que aproximadamente 32% das crianças expostas ao cigarro tinham cáries nas superfícies de seus dentes de leite, comparado com 18% das crianças não expostas.

Quais os tratamentos para combater alguns efeitos do cigarro?
Mais importante que tratar é prevenir, é orientar o paciente dos riscos para sua saúde e dos que o cercam e orientá-lo a parar de fumar. O dentista tem que estar ciente de sua importância como profissional de saúde na colaboração em campanhas antitabagistas e no diagnóstico precoce de lesões bucais, aumentando a chance de cura dos pacientes e diminuindo as sequelas dos tratamentos.
O fumante deve realizar visitas ao dentista periodicamente, fazendo um acompanhamento dos dentes, gengivas e principalmente da mucosa bucal. Existem tratamentos periodontais e restauradores para limitar os danos causados pelo cigarro e pela má higiene bucal. As manchas nos dentes podem ser removidas por limpeza profissional e clareamento dental, desde que o paciente pare de fumar.
O Estomatologista é o profissional dentista especializado, capaz de identificar lesões cancerizáveis e realizar biópsias ou coleta de células da lesão para um correto diagnóstico e realização dos tratamentos necessários.
O autoexame é outra arma importante que o paciente tem na prevenção do câncer bucal. Ele é feito pelo próprio paciente diante de um espelho, em ambiente iluminado, inspecionando-se todas as superfícies da boca, principalmente parte posterior da língua e assoalho bucal. O paciente deve procurar:

- Feridas ou úlceras que não cicatrizem por mais de 15 dias;
- Manchas ou placas esbranquiçadas que não são removidas por raspagem;
- Manchas ou placas avermelhadas;
- Lesões nodulares, endurecidas;
- Inchaços na boca ou no pescoço.

Esse exame não substitui o exame feito por um profissional especializado. Mesmo se você não encontrar nenhuma alteração, não deixe de consultar um cirurgião-dentista pelo menos uma vez ao ano.

Para prevenir o câncer bucal o fumante deve:
Reduzir o uso do cigarro e se possível até mesmo abandoná-lo. Devemos lembrar que os danos são proporcionais à quantidade de cigarros fumados.
Evitar a associação do fumo com o álcool, pois este aumenta os efeitos nocivos do cigarro.
Ter uma alimentação saudável, consumindo frutas, legumes e verduras.
Realizar consultas periódicas com o dentista e manter uma boa higiene bucal.

Fonte: Id Med

quinta-feira, 30 de junho de 2011

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES COM CÂNCER

A importância de uma boca saudável

 A terapêutica multidisciplinar incluindo equipe médica, cirurgião-dentista, nutricionista e psicólogo com o fim de minimizar os efeitos provocados pelo tratamento oncológico, é a melhor alternativa para prevenir ou minimizar complicações no tratamento do paciente com a patologia. Existe consenso na literatura científica de que o paciente deverá ser orientado de maneira multidisciplinar para a obtenção de resultados satisfatórios.
  A relevância da prevenção dos efeitos colaterais bucais em pacientes com câncer é composta por dois aspectos de importância preambular: o primeiro, referente ao controle da dor; o segundo, relativo à prevenção da instalação de processos infecciosos locais / sistêmicos e deficiência das funções bucais.
  O paciente deverá ter um acompanhamento odontológico antes, durante e após o tratamento oncológico, minimizando focos de contaminação bucal e melhorando a qualidade de vida. A primeira consulta, antes do tratamento oncológico, diagnosticará as condições bucais, englobando a mucosa, dentes, periodonto e periápice. O odontólogo deverá, ainda, orientar o paciente a respeito dos cuidados de higiene bucal durante o tratamento.
  Para que a avaliação inicial ocorra da melhor forma possível, é importante que o cirurgião-dentista conheça a doença-base que vai ser tratada pelo médico oncologista, bem como os caracteres que a permeiam, tais como: a localização, o tipo de tratamento planejado e o quadro hematológico do paciente. Com a ciência do quadro do paciente, pode-se, então, planejar o tratamento odontológico de forma ideal.
  Por serem tratamentos agressivos, a radioterapia e a quimioterapia causam inúmeros comprometimentos à cavidade bucal, citando-se, a título de exemplo: mucosite, xerostomia, osteorradionecrose, cáries de radiação, sangramentos gengivais espontâneos, dor odontogênica, trismo, candidose, disgeusia. O agravamento dos efeitos colaterais poderá acarretar a paralisação do tratamento oncológico, com a conseqüente internação hospitalar para a recuperação do paciente.
  É muito importante que haja uma adequação saudável do meio
bucal, por meio da eliminação de processos inflamatórios e infecciosos agudos e crônicos, além de uma orientação rigorosa da higiene a ser mantida com escovas, creme dental, soluções e produtos especializados. No âmbito das orientações referidas, surge o laser em baixa intensidade como moderna forma de prevenção, impedindo ou minimizando as lesões bucais.Dessa forma, será alcançado relevante princípio no tratamento oncológico: a melhoria na qualidade de vida do paciente, com a redução dos sofrimentos físicos e psíquicos. A Odontologia servirá para atingir tal escopo, máxime no que toca à preservação da saúde, cristalizando, assim, conforto durante o período de tratamento vivenciado pelo paciente.

Vejam algumas das ferramentas usadas pelos dentistas antigamente

Quando eu era pequeno, lembro que tinha um enorme medo de ir ao dentista, e olha que eu nunca tive cárie e nem outras coisas mais graves. O simples fato de sentar na cadeira e deixar a boca aberta para que o dentista mexesse nos meus dentes com os seus aparelhos já era uma tortura enorme.
Daí eu imagino em como era ir ao dentista na época dos meus avós, quando praticamente ninguém tinha acesso aos cuidados dentários e os profissionais tinham aparelhos muito precários. Bom, veja os aparelhos que os dentistas usavam antigamente e imagine você mesmo como seria.


















Não é de dar medo?

terça-feira, 28 de junho de 2011

Odontologia para Bebês

O BEBÊ PODE TER CÁRIE?

A prevenção das doenças bucais em bebês deve começar cedo. Isto porque bactérias cariogênicas já podem se instalar assim que o primeiro dente aparece na cavidade bucal do bebê, por volta dos seis meses de idade. A atenção odontológica deve começar ainda durante a gravidez, por meio de um trabalho educativo e curativo, se necessário, com as gestantes.

O pré-natal odontológico é importante e deve incluir o tratamento da gestante e as orientações sobre os cuidados que a mãe deve ter com a sua saúde oral, para que seu filho, que está para chegar, venha ao mundo com saúde.

“Se a mãe tiver cárie, ela pode transmitir a doença para o bebê”. O bebê nasce sem a bactéria que causa cárie, mas pode ser contaminado pelo contato com pessoas que lidam com ele. A mãe, ao assoprar a comida, ao usar o mesmo copo ou talheres que o bebê, ao morder um pedaço de alimento destinado ao bebê ou ao beijar a boca do filho pode contaminá-lo. A chupeta, quando cai no chão, deve ser esterelizada e jamais deve ser levada a boca da mãe ou do pai com a intenção de limpá-la.

A PRIMEIRA VISITA DO BEBÊ AO DENTISTA

Esta consulta deve ser após o aparecimento do primeiro dente, ou antes, se existir alguma dúvida em relação a saúde bucal, para que o bebê se familiarize com esse novo ambiente e, principalmente, para que possam ser implantados métodos preventivos.

Nesta consulta inicial é realizado um exame da boca, dentes e gengivas do bebê. O dentista orienta os pais qual a maneira mais apropriada para alimpeza dos dentes e gengivas. No caso, exige-se uma limpeza rápida e efetiva, utilizando-se escova infantil macia e / ou gaze ou dedeiras específicas. Indica-se ainda o tipo e a quantidade correta de pasta de dente. Além disso, o dentista pode avaliar e informar sobre a ocorrência de hábitos nocivos, como chupar bico ou dedo, identificar possíveis anomalias e as necessidades de flúor do bebê.

CÁRIE DE MAMADEIRA

Tão logo o dente aparece na boca a cárie pode se manifestar. O principal problema entre as crianças de um a três anos de idade é chamado de cárie de mamadeira. Isso pode acontecer quando os dentes do bebê são expostos a líquidos contendo açúcar por longos períodos de tempo, principalmente antes de dormir ou durante a madrugada. Este processo também pode acontecer se for utilizado bico umedecido em mel ou em outra substância que contenha açúcar.

A cárie de mamadeira, assim chamada, causa sofrimento ao bebê, pois pode desenvolver-se rapidamente, envolvendo, primeiro, os dentes anteriores superiores, gerando infecções e forte dor. Os dentes cariados devem ser tratados e, muitas vezes, necessitam de procedimentos complexos e extensivos para eliminar infecções que possam prejudicar a saúde do bebê / criança e também permitir que os dentes permanentes possam desenvolver-se em local sem infecção.

A HIGIENE DOS DENTES DO BEBÊ

O melhor método para evitar cárie em dentes jovens é começar cedo com uma boa higiene bucal. Até mesmo antes dos dentes aparecerem, os pais devem limpar as gengivas da criança com gaze ou dedeira. A escova, pequena e macia, deve ser utilizada com uma pequena quantidade de pasta assim que o primeiro dente aparece na cavidade bucal. A quantidade de pasta utilizada pelo bebê deve ser pequena, não maior que um grão de lentilha. A pasta possui flúor, muito importante para a proteção dos dentes, mas que se utilizada em excesso e deglutida pode trazer conseqüências indesejáveis para a saúde do bebê. A higienização deve ser realizada pela mãe ou pelo pai ao menos uma vez por dia, de preferência à noite, antes de dormir. O ideal é três vezes ao dia.

A ERUPÇÃO DOS DENTES DO BEBÊ
Sinais que indicam o aparecimento dos dentes:

Se o bebê coloca tudo na boca, geme ou chora com freqüência, está salivando demasiadamente, provavelmente algum dente está irrompendo. Se a gengiva estiver irritada, avermelhada e inchada, ou se você puder sentir ou mesmo ver a ponta de um dente surgindo, então o dente do bebê está na fase de erupção.

Outros sintomas, como irritação, febre, náusea, falta de apetite e diarréia muitas vezes estão presentes durante a erupção dos dentes. Esta, no entanto, não é a única razão para o aparecimento destes sintomas. Assim uma consulta com o odontopediatra e com o pediatra pode ser importante.

OS DENTES DO BEBÊ

O primeiro dente a aparecer na boca é geralmente o incisivo central inferior, por volta do sexto mês. Depois em ordem aparecem os: incisivos centrais superiores, incisivos laterais inferiores, incisivos laterais superiores e mais adiante vem os primeiros molares, os caninos. Por ultimo aparecem os segundos molares até completar 20 dentes de leite. Em algumas crianças os dentes aparecem cedo, outras demoram muito para tê-los. Cada bebê tem a sua programação individual para a erupção dos dentes. De uma forma geral, as meninas tendem a ter seus dentes irrompidos mais cedo que os meninos.

 POR QUE OS DENTES DE LEITE SÃO IMPORTANTES?

Muitos acham que os dentes decíduos (de leite) não são importantes porque posteriormente serão trocados pelos dentes permanentes, mas isto não é verdade. Ao contrário, a manutenção de todos os dentes de leite é necessária por eles serem importantes para:
- a mastigação e digestão dos alimentos;
- o desenvolvimento dos músculos da face;
- ajuda a fala;
- para um sorriso bonito (estética);
- para guardar espaço e orientar a erupção correta dos dentes permanentes.    

Publicação do Bom Dia Brasil

Edição do dia 27/06/2011

Fazer clareamento dos dentes por conta própria pode causar problemas

Dentistas alertam que fazer o tratamento sem acompanhamento pode causar sérios problemas na boca. O maior risco é que o uso indevido pode estragar todos os dentes de uma vez só.

Sorriso amarelo ninguém quer. Por isso, cada vez mais brasileiros estão clareando os dentes e, muitas vezes, por conta própria. Mas os dentistas dizem que fazer o tratamento sem acompanhamento pode causar problemas que podem levar à perda do dente.
Alguns produtos usados no clareamento podem ser comprados até em farmácias, mas, se usados sem acompanhamento, atacam a gengiva e o esmalte dos dentes. Veja os cuidados para ficar com um sorriso perfeito na reportagem de Dirceu Martins.
O clareamento de dentes está se popularizando cada vez mais, principalmente por causa da chegada de novos produtos às farmácias. Mas os dentistas alertam que fazer o tratamento por conta própria, sem acompanhamento, pode causar sérios problemas na boca.
De casamento marcado, a auxiliar jurídico Camila Machado e Souza decidiu clarear os dentes antes da cerimônia. O casamento deu certo, mas o clareamento: “Deu errado”, conta.
Ela deveria fazer em casa cinco aplicações do produto receitado por um dentista, mas parou na segunda: “Eu senti muita dor, muita sensibilidade, a minha gengiva também machucava”, explica Camila.
Teve que desistir do clareamento e procurar outro dentista. “Ela fez repetidamente, diariamente. Deveria ter sido dia sim e dia não, ou semanalmente”, afirma a dentista Zuleide Alves Ferreira.
O clareamento é feito produtos que contêm peróxido de hidrogênio, o mesmo elemento da água oxigenada. Ele é absorvido pelo esmalte e chega à dentina, a parte que dá a cor aos dentes. Quanto maior a concentração, maior o poder de clareamento.
Os especialistas da USP dizem que um ingrediente importante do clareamento dentário é o critério. Quem compra o produto na farmácia precisa seguir estritamente as instruções da embalagem. Mas o melhor é sempre contar com a orientação de um profissional.
Os dentes de cada pessoa têm características individuais e estas diferenças precisam ser consideradas na hora do tratamento. O maior risco é que o uso indevido pode estragar todos os dentes de uma vez só.
O professor de odontologia restauradora da USP Fernando Mandarino elogia os efeitos, mas lembra que deve ser tratado como medicação e não como cosmético: “Pode provocar sensibilidade, inflamação gengival. Se ultrapassar muito o tempo de uso do agente clareador, começa a desnaturar a estrutura dentinária, provocando o enfraquecimento do elemento dental”, explica.

Segundo os dentistas, não devem fazer o clareamento mulheres grávidas, menores de 15 anos e pessoas com muitas restaurações nos dentes. Os fumantes precisam fazer uma avaliação com o dentista para saber se é possível fazer o tratamento.
 

Vejam a publicação da Revista Veja:(Proteina contra câncer de mama)

Proteína pode se tornar nova arma contra câncer de mama

Cientistas conseguiram, pela 1ª vez, isolar e entender o funcionamento da Runx3, um importante supressor do crescimento de tumores mamários

Câncer de mama: o tipo do tumor é o mais comum entre 
as mulheres Câncer de mama: o tipo do tumor é o mais comum entre as mulheres (Comstock Images/Thinkstock)
Cientistas americanos conseguiram, pela primeira vez, identificar e compreender o funcionamento de uma proteína capaz de reduzir as chances de desenvolvimento de tumores de mama. De acordo com reportagem publicada no periódico especializado Oncogene, pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, conseguiram reverter o crescimento do tumor apenas regulando os níveis da substância no tecido mamário. 
Batizada de Runx3, a proteína já era conhecida como um potente supressor do crescimento do câncer de mama. Não se sabia, no entanto, qual era seu mecanismo de ação. Na pesquisa, o grupo coordenado por Lin-Feng Chen, professor da Universidade de Illinois, descobriu que uma quantia significativa de camundongos sem um dos dois genes Runx3 desenvolveu espontaneamente tumor na glândula mamária após 14 ou 15 meses de vida — o equivalente à faixa etária entre 40 e 50 anos em humanos.
“Descobrimos tumores mamários em desenvolvimento em cerca de 20% dos camundongos que não tinham um dos genes Runx3”, diz Chen. Nenhum dos animais que tinha as duas cópias do gene, no entanto, desenvolveu o tumor. Assim, a equipe já tinha indícios de que a ausência de um dos dois genes Runx3 estava relacionada ao desenvolvimento do câncer. Os pesquisadores descobriram ainda que o receptor alfa de estrogênio (ER-alfa), um dos envolvidos no desenvolvimento do câncer de mama, aparecia em excesso no tecido dos tumores dos camundongos. O ER-alfa é abundante em cerca de 75% dos casos humanos de câncer de mama - o excesso da substância é especialmente perigoso nesses casos porque o ER-alfa aumenta a proliferação das células cancerígenas e também a resistência do tumor aos tratamentos. 
Quando o Runx3 que estava inativo foi reintroduzido no organismo em regiões onde havia ER-alfa em excesso, o gene conseguiu suprimir o crescimento das células cancerígenas, além de inibir o potencial de formação de tumores nos camundongos. “Ao regular os níveis celulares de ER-alfa, o Runx3 controla a resposta celular ao estrogênio circulante. Assim, a proteína desempenha um papel importante na inibição do câncer de mama”, diz Chen.
Para o cientista, o estudo abre portas para a criação de novos tratamentos e medicamentos contra o câncer. Uma ideia, segundo o pesquisador, seria o desenvolvimento de testes para medir os níveis de Runx3 nos tecidos mamários. “Já se sabe que o Runx3 está inativo nos primeiros estágios do câncer de mama. Esse gene poderia funcionar como um biomarcador dos estágios da doença”, diz.

Piercing lingual pode prejudicar a saúde

Piercing

Muitos usuários não sabem que o adereço pode trazer sérios riscos à saúde, como infecções, hipersalivação, inchaço, traumas em dentes e até câncer bucal.
 Nem sempre os estabelecimentos que colocam as peças seguem as normas de vigilância sanitária e de esterilização. A falta de cuidados com a biossegurança favorece a transmissão cruzada de hepatite e de Aids. A dor e o edema na língua são as primeiras complicações que surgem com a punção.    Quando a perfuração atinge regiões vascularizadas ou nervosas, o órgão pode apresentar sangramento prolongado ou parestesia (sensações subjetivas vivenciadas mesmo sem estimulação, como frio, calor, formigamento). E se a língua inchar demais pode até fechar a passagem do ar e dificultar a respiração.
  Os riscos não cessam após a colocação da peça. Mesmo que o usuário não apresente quadro infeccioso no início, o hábito de brincar com a jóia ou a simples mastigação pode causar danos aos tecidos vizinhos. A literatura científica reporta casos de fratura dental, trauma na mucosa, gengiva e palato, retração gengival e cicatrização exagerada (quelóide) na língua em usuários de piercing.
  Outros problemas são interferência na mastigação, deglutição e fonação, hipersalivação, dificuldades na fala, além de aspiração da jóia, incorporação da jóia no local da perfuração, obstrução de imagens radiográficas e hipersensibilidade ao metal. Piercings colocados em outras regiões da cavidade oral também podem causar danos irreversíveis aos pacientes.
  O trauma contínuo e de baixa intensidade provocado por um objeto estranho ao corpo como o piercing, potencializado pelo consumo de álcool, fumo ou propensão genética, pode levar ao câncer.

Prevenção da saúde bucal começa na gestação!


Qual é a idade indicada para levar uma criança pela primeira vez ao dentista?

Prevenção da 
saúde bucal começa na gestação!
 Muitas mães, infelizmente, ainda pensam que a data é só após a formação total da dentição de leite ou no aparecimento dos primeiros dentes permanentes. E é aí que se enganam! Na verdade, a ida ao dentista deve ser realizada nos primeiros dias de vida e medidas preventivas são essenciais e devem ser iniciadas já na gestação pelas mamães.
Os primeiros dentinhos do bebê já começam se formar na quinta semana de gravidez e nessa etapa a futura mamãe precisa ter uma dieta balanceada rica em cálcio, fósforo e vitaminas A, B, C e D para assegurar uma boa estrutura dental à criança. “É na fase embrionária que também o paladar do bebê começa a ser desenvolvido. Por isso, é aconselhável que a gestante tenha uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, derivados de leite e carne, preferencialmente, de ave e peixe”. 
Os cuidados com alimentação das mães não param após o nascimento do nenê. Durante a amamentação, a dieta balanceada deve continuar, pois o próprio leite materno é cariogênico. Trabalhando com linguagem e ambientes diferenciados, os odontopediatras utilizam psicologia infantil para melhor lidar com os pequenos, tendo forte papel de educadores da saúde para pais e filhos. Entre as diversas técnicas, as mais utilizadas pelo especialista no atendimento infantil são as de condicionamento, através dos audiovisuais, reforço por símbolos, controle vocal e imitação, dinâmicas “falar-mostrar-fazer” e exercícios com a mão sobre a boca.
Para o recém-nascido, os cuidados em torno da limpeza bucal devem ser iniciados antes mesmo do aparecimento do primeiro dente, agregada a uma orientação nutricional, com uso consciente e limitado do açúcar. “A higiene oral é feita com uma fralda ou gaze umedecida em água filtrada, que é envolvida pelo dedo indicador dos pais e passada pela face interna da boca e língua após as mamadas”. A medida preventiva é mais uma ação educadora de higienização bucal para as crianças, agregando-a as suas atividades habituais.
DENTES DE LEITE – Com o surgimento dos primeiros dentinhos, é indicada a escovação deles e da língua com escova macia e creme dental sem flúor, que deve ser utilizado até os quatro anos da idade. A partir dos cinco, o creme, seguindo orientações sempre do odontopediatra, deve ser substituído por um com flúor. O uso do fio dental e a preferência por uma dieta pobre em açúcar, principalmente nos intervalos das refeições também são importantes para a saúde da boca.
A escovação deve ser supervisionada pelos pais ou responsável até a criança adquirir coordenação motora suficiente para realizar a atividade sozinha. Para a prevenção de cáries, além da escovação sempre após cada refeição e antes de dormir, pode ser feito o uso tópico com flúor a partir dos dois anos e meio de idade. A freqüência entre as aplicações vai depender das necessidades de cada paciente.
“Os dentes de leite são de vital importância na manutenção do espaço nos arcos dentários para os dentes permanentes e na estimulação do crescimento dos maxilares”. Em boa conservação, eles estimulam o crescimento do osso de sustentação dos dentes, são úteis na correta mastigação, auxiliando na digestão dos alimentos, e facilitam a articulação das palavras. Tão necessário conservá-los é reconhecer a hora de extrai os primeiros dentinhos. A perda precoce dos dentes pode resultar no mau posicionamento dos dentes adjacentes, em alteração na mordida da arcada dentária superior e inferior e crescimento anormal do dente antagonista.
A primeira dentição, apesar de ser temporária, é muito importante para estruturação da arcada dentária, guiando o nascimento na posição correta dos dentes permanentes. Para evitar problemas ortodônticos, os pais devem ficar atentos aos hábitos bucais dos filhos, como a sucção do dedo polegar, uso prolongado de chupeta e respiração pela boca. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

IMPLANTES DENTÁRIOS

saiba um pouco sobre o implantes dentários 

1- O que é implante dentário?
Implantes dentários são pinos confeccionados em titânio, que se parecem com parafusos, implantados na maxila e mandíbula através de uma pequena cirurgia.


É uma maneira de recolocar um dente ou um grupo de dentes perdidos. Permitem também estabilizar sua dentadura, trocar sua dentadura ou prótese parcial removível por uma prótese fixa e repor dentes perdidos sem desgastar os vizinhos. Ainda melhoram sua qualidade de vida, eliminando muitas das inseguranças associadas às dentaduras ou pontes móveis, além de aumentarem sua eficiência mastigatória e estética.

2- Qualquer pessoa pode fazer um implante dentário?
Não são todas as pessoas que podem receber implantes. Antes de dar início ao tratamento, é realizada uma cuidadosa avaliação para verificar se o paciente pode realmente passar pela cirurgia.
Essa avaliação consiste em exame clínico da boca no consultório, coleta de dados sobre a história médica (diabetes, alergias, uso de outros medicamentos, fumo, álcool, uso de drogas, etc.), radiografias ou qualquer outro tipo de exame que se faça necessário.
O implantodontista irá fazer o planejamento baseando-se em exames complementares, tais como: raio-x e/ou tomografia computadorizada para avaliar a quantidade de osso remanescente, modelos da boca para determinar o espaço disponível. Para a instalação de implantes dentários, é necessário uma mínima altura e espessura óssea que seja compatível com a instalação de implantes de bom tamanho, possibilitando a instalação de uma coroa protética com padrões estéticos ideais.


3- Como é a cirurgia? Posso ter dor?
A cirurgia é feita, normalmente, com anestesia local e são muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente incluso, por exemplo.
O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incômodo maior. Pode ocorrer um pequeno inchaço nos primeiros dias por se tratar de um procedimento cirúrgico, porém é uma condição controlada com medicamentos que o dentista irá prescrever conforme a necessidade. O desconforto varia de acordo com a extensão da cirurgia e do próprio organismo do paciente, mas não deve causar transtornos significativos.

4- O que é osseointegração?
Após a colocação do pino, que chamamos de fase cirúrgica, temos o processo de osseointegração, que é a etapa onde o implante se integra ao osso, apresentando-se fixo. Em geral, a fase da osseointegração dura de 3 a 4 meses, permitindo assim, passarmos para a última etapa que é a colocação na prótese definitiva.



5- Posso sofrer rejeição do implante dentário?
Não. O implante dentário é feito com titânio, um material biocompatível, portanto não é rejeitado pelo organismo. O que pode acontecer é o insucesso por falha na união do implante com o osso. Este fato representa um índice muito pequeno, cerca de 3% dos casos.

6- Ficarei sem dentes durante o tratamento?
Durante o seu tratamento com implantes dentários, o dentista terá condições de colocar em você uma prótese provisória, que será usada durante o período de cicatrização dos implantes dentários. Freqüentemente é possível ter um dente provisório fixo.

7- O que é enxerto ósseo?
Quando ocorre a perda de um dente, o osso que estava ao redor da raiz vai se perdendo gradativamente, em um processo chamado reabsorção óssea. Em casos que não há osso suficiente para fixação do implante, é necessário repor o osso perdido, através de cirurgias para a colocação do enxerto ósseo. Há diversas técnicas cirúrgicas e materiais utilizados no tratamento que vai depender da extensão e quantidade necessária. Os enxertos podem ser feitos previamente ou na mesma sessão da colocação do implante.

8- Qual a taxa de sucesso do tratamento com implante dental?
Há diversos fatores que influenciam o resultado final da cirurgia de implante, porém, quando feito em condições favoráveis, o sucesso no procedimento ocorre entre 95% e 98% dos casos.

9- A falta de dentes pode me prejudicar?
Sim. A falta de um ou mais dentes leva a todo um desequilíbrio da mordida e da musculatura das regiões vizinhas, causando uma perda estética, com aspecto de envelhecimento, e principalmente causam problemas de mastigação e dores na região da articulação dos maxilares.

O implante é, sem dúvida, uma solução eficiente, pois apresenta resultados ótimos, duradouros e esteticamente perfeitos. 


Anomalias no desenvolvimento dos dentes

As anomalias de desenvolvimento e do crescimento geram características que fogem ao padrão da normalidade, podendo ser parte de uma série de outras anomalias pertencentes a distúrbios endócrinos, síndromes ou ser simplesmente alterações isoladas.
A ocorrências destas anomalias pode gerar problemas em termos de função, estética ou ter comportamento inócuo.

FUSÃO DENTAL

É a denominação dada quando dois dentes se unem congenitamente pela coroa e raiz, sendo mais visto nos incisivos centrais e laterais. O maior problema é o fator estético presente, que é solucionado com os recursos atuais da estética dental.

GEMINAÇÃO
 
Anoimalia em função da divisão frustrada de um germe dental, originando duas coroas separadas total ou parcialmente com raíz única. É provável que seja de caráter hereditário, pois há relatos científicos de ocorrência em indivíduos da mesma família e em gerações seguintes.


CONCRESCÊNCIA
União de dois dentes pelo cemento radicular, fazendo com que o dente tenha duas coroas e uma raiz.

DILACERAÇÃO

Curvatura proeminente da coroa ou raiz dental, provavelmente o trauma durante a odontogênese seja o fator etiológico mais acentuado para sua ocorrência.

domingo, 26 de junho de 2011

Herpes labial

Saiba mais sobre herpes labial

 

O herpes simples é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Herpes hominis virus. Existem dois tipos de vírus do herpes simples: o tipo 1 e o tipo 2. Geralmente, o tipo 1 é responsável pelos casos de herpes labial, e o tipo 2, pelo herpes genital.

Como acontece a transmissão do vírus?
A infecção pelo herpes se dá através do contato direto com lesões infectadas pelo vírus. Esse primeiro contato se dá, invariavelmente, durante a infância. A situação mais comum de contágio é aquela em que algum dos pais (ou parentes próximos) é portador do vírus, apresenta as lesões em lábio e entra em contato direto com a pele da criança.

O que acontece depois que a criança se contamina?
Após o contato com as lesões, a pessoa passa por uma fase de incubação do vírus, que dura em torno de 10 dias. Após esse período, algumas crianças podem apresentar a primo-infecção herpética ou estomatite herpética primária. Essa fase é marcada por manifestações clínicas, como febre, mal estar geral, irritabilidade, cefaléia, perda de apetite e linfadenopatia. A seguir, podem surgir bolhas na boca, nos lábios e na pele em torno dos lábios. Logo as bolhas se rompem, formando úlceras extremamente dolorosas e sangrantes. O quadro clínico tem resolução espontânea em cerca de 15 dias. Apesar da severidade da manifestação primária do herpes, apenas 1% dos pacientes que são infectados pelo vírus desenvolvem a doença clínica: 99%, apesar de infectados, não apresentam sinais ou sintomas clínicos.

Mas não são os adultos que apresentam a doença com mais freqüência?
Sim. Na verdade, são poucas as crianças que apresentam as lesões em pele ou boca. Após o contágio inicial (tendo ou não apresentado as manifestações clínicas), o vírus fica “dormente” dentro do organismo e só volta a apresentar manifestações clínicas a partir da adolescência. As manifestações clínicas que acontecem na fase adulta ocorrem pela reativação do vírus que estava “dormente” e estão, geralmente, ligadas à queda de imunidade.

Quais as causas da reativação do vírus?
Alguns fatores desencadeantes comuns são: febre, exposição ao sol, distúrbios gastrointestinais, trauma mecânico, estresse e períodos menstruais.

Como são as lesões recorrentes?
As manifestações secundárias não são tão graves como as da primo-infecção. As lesões restringem-se, na maioria dos casos, à região perioral ou perinasal, aparecendo na forma de pequenas bolhas que estouram e são recobertas por uma crosta durante o processo de cicatrização. O curso clínico da estomatite herpética secundária finda em torno de 8 dias.

Existe cura para o herpes?
Não, mas existe tratamento. O tratamento visa diminuir a freqüência com que os episódios ocorrem. Atualmente, os tratamentos envolvem drogas como o aciclovir, empregadas de forma local e sistêmica, e aplicações de laser de baixa intensidade.


Referência: Revista da APCD.