segunda-feira, 18 de abril de 2011

                                  Envelhecimento da pele


 Por que envelhecemos ?


"Todo homem deseja viver pôr muito tempo, mas nenhum homem gostaria de ser velho"
Como todos os órgãos, a pele envelhece. Nosso invólucro cutâneo se encontra mesmo em uma situação específica, na medida em que se vêem as alterações devidas ao seu envelhecimento. Enfim, por ser ela um marcador de idade sem concessões, e porque aumenta á expectativa de vida, a pele se torna o objeto de todos os nossos cuidados para retardar seu envelhecimento.

Fatores responsáveis pelo envelhecimento cutâneo

· FATOR GENÉTICO - Assim como para todos os órgãos o envelhecimento da pele está programado geneticamente: a pele de cada um de nós não envelhece da mesma forma, nem no mesmo momento.
· O SOL - É ele que tem a maior responsabilidade no envelhecimento cutâneo, pois com a exposição diária à luz ocorre um dano contínuo ao DNA das células da pele que assim passam a adoecer, mostrando manchas e rugas .
· O FUMO - Seu efeito nefasto se explica pelo efeito vasoconstritor da nicotina, que leva à diminuição da oxigenação cutânea..
· AGRESs ÕEs DO MEIO AMBIENTE - O frio, a secura, o vento, a poluição alteram a pele.
· FATOREs NUTRICIONAIs - Carências vitamínicas ( A, E, C) , em oligoelementos (cobre, selênio, zinco...) podem intervir
· FATOREs MECÂNICOs - A tração repetitiva dos músculos da pele do rosto aprofunda as rugas .
· A CARÊNCIA DE ESTRÓGENOs - Na mulher acentua o envelhecimento da pele na menopausa.
· Os RADICAIs LIVREs - que são muito reativos e se formam dentro das células , podendo oxidar biomoléculas e provocar morte celular e lesão tecidual. Estes tem sido hoje apontados como grandes respon     sáveis pelo envelhecimento porém há correntes da medicina que ainda questionam sua importância.

Existem dois tipos de envelhecimento da pele: o intrínseco ou cronoenvelhecimento - que é a degeneração natural do organismo - e o extrínseco ou fotoenvelhecimento - provocado principalmente pela exposição ao sol. O primeiro, que tem início a partir dos 25 anos, é caracterizado por: perda de colágeno e elastina, proteínas que dão firmeza e elasticidade à pele; redução de tecido gorduroso e de retenção hídrica, fatores que causam o ressecamento; bem como diminuição da estrutura óssea, normal com o avançar da idade, que ocasiona a formação de sulcos e contribui para a flacidez.
Enquanto isso, no grupo das interferências externas que atuam como aceleradoras da degeneração da cútis, o principal agente é o sol, que leva inclusive à perda de colágeno. "As partes do corpo que normalmente ficam expostas, como rosto e mãos, são mais enrugadas e manchadas do que as protegidas pelas roupas. É efeito do fotoenvelhecimento". O processo também varia conforme a raça e o sexo. Por terem menos melanina (pigmento que dá cor à pele, funcionando como protetor), brancos apresentam sinais do tempo com maior rapidez do que negros e orientais. Em relação aos sexos, a mulher é mais 'visada', com aceleração maior no período da menopausa. O declínio da produção do hormônio estrógeno é um dos vilões que provoca a perda de colágeno e massa óssea.

ENVELHECIMENTO CUTÂNEO
Ao mesmo tempo em que cresce a expectativa de vida, valoriza-se cada vez mais a juventude, o jovem e o belo são cultuados como ideal e as pessoas sofrem muito em decorrência do envelhecimento.

Fotoenvelhecimento
A pele, como maior órgão do corpo humano, também apresenta sinais de envelhecimento, os quais tornam-se evidentes devido à sua característica de envoltório protetor.
O envelhecimento cutâneo pode ser dividido em envelhecimento intrínseco e fotoenvelhecimento. O primeiro representa aquele comum aos órgãos e o segundo mais intenso e evidente, é o que ocorre devido aos danos causados pela radiação ultra-violeta.

"O envelhecimento causado pela idade é mais suave, lento e gradual, causando danos estéticos muito pequenos. Já o fotoenvelhecimento é mais danoso e agressivo à superfície da pele, sendo responsável por modificações como rugas, engrossamento, manchas e o próprio câncer de pele",

O fotoenvelhecimento não é intensificação do envelhecimento cronológico, mas tem características próprias muito diferentes do envelhecimento comum. Sendo assim, a pele vai apresentar características diferentes em áreas expostas e não expostas. Além disso, o Sol passa a ser o principal fator em relação ao fotoenvelhecimento.

As radiações apresentam diferentes penetrações e respostas relacionadas ao seu comprimento de onda e ao local onde será absorvida. Os fótons que carregam esta energia são absorvidos por moléculas da pele que a transformam em calor. Neste processo, dependendo da radiação e da energia, pode haver um dano importante no DNA celular.


O que acontece dentro da pele

Na epiderme começa a haver uma diminuição de suas camadas. O número de células que se descamam da pele começa a diminuir em função da alteração da renovação celular. Há uma diminuição da produção hormonal e a pele começa a apresentar ressecamento.
A derme começa a apresentar uma diminuição da quantidade e da qualidade do gel coloidal, perdendo sua capacidade de reter a água e de manter o equilíbrio na produção das fibras de colágeno e elastina, que sustentam a pele.
Com isso a manutenção da firmeza e da elasticidade da pele fica fragilizada. Os vasos sanguíneos vão perdendo a capacidade de eliminar as toxinas do organismo e também de nutrir e oxigenar as células da epiderme. Assim sendo, a renovação celular fica prejudicada.
Além de tudo isso, a comunicação entre todas as células da que é essencial para seu bom funcionamento, fica deficiente e fragilizada, desequilibrando uma série de processos naturais, dentre eles os já mencionados.

O envelhecimento natural
A queda natural na produção de hormônios traz ainda mais prejuízo a todas as funções da pele. Todas essas alterações fazem com que ocorra perda em sua densidade, firmeza e elasticidade.
A partir dos 60 anos
A pele, como um todo, está bem comprometida, com todos seus sinais bem aparentes: as rugas acentuadas, a perda da elasticidade e da firmeza é perceptível e ela se torna muito mais fina, flácida, frágil, desidratada e desprotegida. A renovação celular é bastante deficiente. A contínua diminuição das taxas hormonais impossibilita a recuperação natural da pele. É a fase em que os ativos que combatem os sinais do tempo são mais necessários a sua revitalização.
O fotoenvelhecimento
A partir dos 30 anos, as células que colorem a superfície da pele, chamadas de melanócitos, diminuem de 10 a 20% a cada década. Com isso, os melanócitos que ficam se coram mais. Os raios solares nocivos aumentam o número dessas células de maneira errada, causando as manchas senis, outro sinal do envelhecimento cutâneo.
A pele fotoenvelhecida apresenta perda da elasticidade, rugas, manchas escuras ou claras e alterações da superfície, podendo tornar-se áspera e descamativa. Já a pele envelhecida em decorrência da deterioração natural do organismo tem uma aparência mais fina, flácida, com pouca elasticidade e apresenta rugas finas, porém sem manchas ou alterações em sua superfície

Prevenção e tratamento
Felizmente, hoje sabemos que podemos adiar os efeitos do tempo, protegendo a pele de seu mais implacável inimigo: o sol.
 ALTERAÇÕES CAUSADAS PELO ENVELHECIMENTO:
Com o envelhecimento, a camada externa da pele (epiderme) torna-se mais fina apesar de não haver alteração na quantidade de camadas celulares. O número de células que contêm pigmentos (melanócitos) diminui, porém os melanócitos que restantes aumentam de tamanho. Dessa forma, a pele envelhecida parece mais fina, mais
pálida e translúcida. Podem aparecer manchas de pigmentação grandes (denominadas manchas senis, manchas hepáticas ou lentigos) nas áreas que ficam expostas ao sol.
As alterações no tecido conjuntivo reduzem a resistência e a elasticidade da pele, condição conhecida como elastone e especialmente pronunciada nas áreas expostas ao sol (elastone solar).
   Os vasos sangüíneos da camada média (derme) tornam-se mais frágeis, o que por sua vez provoca contusão, sangramento sob a pele (púrpura), angiomas em morango, entre outras condições semelhantes.
As glândulas sebáceas produzem menos gordura. Os homens apresentam uma diminuição mínima, em geral, após os 80 anos, enquanto as mulheres passam a produzir gradualmente menos gordura após a menopausa. Essa diminuição pode tornar mais difícil manter a umidade da pele, causando ressecamento e prurido.
A camada de gordura subcutânea, que proporciona isolamento e amortecimento, torna-se fina, aumentando o risco de lesões à pele e reduzindo a capacidade de manter a temperatura corporal.


A principal causa das alterações na pele é a luz solar, a qual está diretamente ligada à elastone (perda da elasticidade), aos ceratoacantomas (tumores de pele não cancerosos), ao espessamento da pele, às alterações pigmentares como as manchas hepáticas, entre outras condições. A exposição aos raios solares está diretamente relacionada também aos cânceres de pele, incluindo o epitelioma das células basais, o câncer das células escamosas e o melanoma maligno.

Fatores gerais que influem no processo de envelhecimento cutâneo
1. Hereditários
2. Idade
3. Hormonais deterioração cutânea que segue à menopausa.
4. Hábito atlético
5. Meio ambiente: sol, ar, etc. Destes fatores, o sol é o mais importante por sua direta influência sobre o envelhecimento cutâneo. Através de suas radiações, especialmente as ultravioletas B, gera radicais livres, os quais vão atacar os sistemas de membranas e endomembranas dos fibroblastos da pele, pondo em marcha seu envelhecimento e a morte dessas células.
6. Trabalhos que impliquem exposição a: radiações, poluições, fumaça intensa e substâncias químicas
7. Doenças do colágeno e fibras elásticas (por exemplo, cútis laxa constitucional): são problemas genéticos hereditários que se traduzem na síntese de fibras de má qualidade. As pessoas que as padecem aparentam uma idade muito mais avançada, ainda em plena juventude.
8. Medicamentos (podem originar um tipo de cútis laxa adquirida): há alguns medicamentos que têm um efeito tóxico direto sobre a pele, ou indireto, pois incrementam o efeito nocivo das radiações solares.
FATORES LOCAIS que influem no processo de envelhecimento cutâneo
1. Genéticos: é muito freqüente ver que a influência hereditária pode estar limitada a uma região pontual da pele. Por exemplo: rugas frontais, cervicais, etc.
2. Anatômicos: esqueleto - músculos - gordura subcutânea. Toda esta estrutura em seu conjunto e muito especialmente os músculos e a gordura subcutânea costumam ser geradores de eudermia, se funcionam harmoniosamente. Do contrário, podem produzir flacidez, às vezes severa, e dobras cutâneas.
3. Histológicos: alterações dos fibroblastos, das fibras elásticas, das fibras colágenas, da substância amorfa (esponja de ácido hialurônico). A má qualidade desses componentes normais da pele favorece o envelhecimento cutâneo. Devemos destacar mais uma vez que a primeira alteração da pele que põe em marcha o processo de envelhecimento é a diminuição da capacidade de reter água por parte da substância amorfa localizada na derme.





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