quinta-feira, 30 de junho de 2011

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO PARA PACIENTES COM CÂNCER

A importância de uma boca saudável

 A terapêutica multidisciplinar incluindo equipe médica, cirurgião-dentista, nutricionista e psicólogo com o fim de minimizar os efeitos provocados pelo tratamento oncológico, é a melhor alternativa para prevenir ou minimizar complicações no tratamento do paciente com a patologia. Existe consenso na literatura científica de que o paciente deverá ser orientado de maneira multidisciplinar para a obtenção de resultados satisfatórios.
  A relevância da prevenção dos efeitos colaterais bucais em pacientes com câncer é composta por dois aspectos de importância preambular: o primeiro, referente ao controle da dor; o segundo, relativo à prevenção da instalação de processos infecciosos locais / sistêmicos e deficiência das funções bucais.
  O paciente deverá ter um acompanhamento odontológico antes, durante e após o tratamento oncológico, minimizando focos de contaminação bucal e melhorando a qualidade de vida. A primeira consulta, antes do tratamento oncológico, diagnosticará as condições bucais, englobando a mucosa, dentes, periodonto e periápice. O odontólogo deverá, ainda, orientar o paciente a respeito dos cuidados de higiene bucal durante o tratamento.
  Para que a avaliação inicial ocorra da melhor forma possível, é importante que o cirurgião-dentista conheça a doença-base que vai ser tratada pelo médico oncologista, bem como os caracteres que a permeiam, tais como: a localização, o tipo de tratamento planejado e o quadro hematológico do paciente. Com a ciência do quadro do paciente, pode-se, então, planejar o tratamento odontológico de forma ideal.
  Por serem tratamentos agressivos, a radioterapia e a quimioterapia causam inúmeros comprometimentos à cavidade bucal, citando-se, a título de exemplo: mucosite, xerostomia, osteorradionecrose, cáries de radiação, sangramentos gengivais espontâneos, dor odontogênica, trismo, candidose, disgeusia. O agravamento dos efeitos colaterais poderá acarretar a paralisação do tratamento oncológico, com a conseqüente internação hospitalar para a recuperação do paciente.
  É muito importante que haja uma adequação saudável do meio
bucal, por meio da eliminação de processos inflamatórios e infecciosos agudos e crônicos, além de uma orientação rigorosa da higiene a ser mantida com escovas, creme dental, soluções e produtos especializados. No âmbito das orientações referidas, surge o laser em baixa intensidade como moderna forma de prevenção, impedindo ou minimizando as lesões bucais.Dessa forma, será alcançado relevante princípio no tratamento oncológico: a melhoria na qualidade de vida do paciente, com a redução dos sofrimentos físicos e psíquicos. A Odontologia servirá para atingir tal escopo, máxime no que toca à preservação da saúde, cristalizando, assim, conforto durante o período de tratamento vivenciado pelo paciente.

Vejam algumas das ferramentas usadas pelos dentistas antigamente

Quando eu era pequeno, lembro que tinha um enorme medo de ir ao dentista, e olha que eu nunca tive cárie e nem outras coisas mais graves. O simples fato de sentar na cadeira e deixar a boca aberta para que o dentista mexesse nos meus dentes com os seus aparelhos já era uma tortura enorme.
Daí eu imagino em como era ir ao dentista na época dos meus avós, quando praticamente ninguém tinha acesso aos cuidados dentários e os profissionais tinham aparelhos muito precários. Bom, veja os aparelhos que os dentistas usavam antigamente e imagine você mesmo como seria.


















Não é de dar medo?

terça-feira, 28 de junho de 2011

Odontologia para Bebês

O BEBÊ PODE TER CÁRIE?

A prevenção das doenças bucais em bebês deve começar cedo. Isto porque bactérias cariogênicas já podem se instalar assim que o primeiro dente aparece na cavidade bucal do bebê, por volta dos seis meses de idade. A atenção odontológica deve começar ainda durante a gravidez, por meio de um trabalho educativo e curativo, se necessário, com as gestantes.

O pré-natal odontológico é importante e deve incluir o tratamento da gestante e as orientações sobre os cuidados que a mãe deve ter com a sua saúde oral, para que seu filho, que está para chegar, venha ao mundo com saúde.

“Se a mãe tiver cárie, ela pode transmitir a doença para o bebê”. O bebê nasce sem a bactéria que causa cárie, mas pode ser contaminado pelo contato com pessoas que lidam com ele. A mãe, ao assoprar a comida, ao usar o mesmo copo ou talheres que o bebê, ao morder um pedaço de alimento destinado ao bebê ou ao beijar a boca do filho pode contaminá-lo. A chupeta, quando cai no chão, deve ser esterelizada e jamais deve ser levada a boca da mãe ou do pai com a intenção de limpá-la.

A PRIMEIRA VISITA DO BEBÊ AO DENTISTA

Esta consulta deve ser após o aparecimento do primeiro dente, ou antes, se existir alguma dúvida em relação a saúde bucal, para que o bebê se familiarize com esse novo ambiente e, principalmente, para que possam ser implantados métodos preventivos.

Nesta consulta inicial é realizado um exame da boca, dentes e gengivas do bebê. O dentista orienta os pais qual a maneira mais apropriada para alimpeza dos dentes e gengivas. No caso, exige-se uma limpeza rápida e efetiva, utilizando-se escova infantil macia e / ou gaze ou dedeiras específicas. Indica-se ainda o tipo e a quantidade correta de pasta de dente. Além disso, o dentista pode avaliar e informar sobre a ocorrência de hábitos nocivos, como chupar bico ou dedo, identificar possíveis anomalias e as necessidades de flúor do bebê.

CÁRIE DE MAMADEIRA

Tão logo o dente aparece na boca a cárie pode se manifestar. O principal problema entre as crianças de um a três anos de idade é chamado de cárie de mamadeira. Isso pode acontecer quando os dentes do bebê são expostos a líquidos contendo açúcar por longos períodos de tempo, principalmente antes de dormir ou durante a madrugada. Este processo também pode acontecer se for utilizado bico umedecido em mel ou em outra substância que contenha açúcar.

A cárie de mamadeira, assim chamada, causa sofrimento ao bebê, pois pode desenvolver-se rapidamente, envolvendo, primeiro, os dentes anteriores superiores, gerando infecções e forte dor. Os dentes cariados devem ser tratados e, muitas vezes, necessitam de procedimentos complexos e extensivos para eliminar infecções que possam prejudicar a saúde do bebê / criança e também permitir que os dentes permanentes possam desenvolver-se em local sem infecção.

A HIGIENE DOS DENTES DO BEBÊ

O melhor método para evitar cárie em dentes jovens é começar cedo com uma boa higiene bucal. Até mesmo antes dos dentes aparecerem, os pais devem limpar as gengivas da criança com gaze ou dedeira. A escova, pequena e macia, deve ser utilizada com uma pequena quantidade de pasta assim que o primeiro dente aparece na cavidade bucal. A quantidade de pasta utilizada pelo bebê deve ser pequena, não maior que um grão de lentilha. A pasta possui flúor, muito importante para a proteção dos dentes, mas que se utilizada em excesso e deglutida pode trazer conseqüências indesejáveis para a saúde do bebê. A higienização deve ser realizada pela mãe ou pelo pai ao menos uma vez por dia, de preferência à noite, antes de dormir. O ideal é três vezes ao dia.

A ERUPÇÃO DOS DENTES DO BEBÊ
Sinais que indicam o aparecimento dos dentes:

Se o bebê coloca tudo na boca, geme ou chora com freqüência, está salivando demasiadamente, provavelmente algum dente está irrompendo. Se a gengiva estiver irritada, avermelhada e inchada, ou se você puder sentir ou mesmo ver a ponta de um dente surgindo, então o dente do bebê está na fase de erupção.

Outros sintomas, como irritação, febre, náusea, falta de apetite e diarréia muitas vezes estão presentes durante a erupção dos dentes. Esta, no entanto, não é a única razão para o aparecimento destes sintomas. Assim uma consulta com o odontopediatra e com o pediatra pode ser importante.

OS DENTES DO BEBÊ

O primeiro dente a aparecer na boca é geralmente o incisivo central inferior, por volta do sexto mês. Depois em ordem aparecem os: incisivos centrais superiores, incisivos laterais inferiores, incisivos laterais superiores e mais adiante vem os primeiros molares, os caninos. Por ultimo aparecem os segundos molares até completar 20 dentes de leite. Em algumas crianças os dentes aparecem cedo, outras demoram muito para tê-los. Cada bebê tem a sua programação individual para a erupção dos dentes. De uma forma geral, as meninas tendem a ter seus dentes irrompidos mais cedo que os meninos.

 POR QUE OS DENTES DE LEITE SÃO IMPORTANTES?

Muitos acham que os dentes decíduos (de leite) não são importantes porque posteriormente serão trocados pelos dentes permanentes, mas isto não é verdade. Ao contrário, a manutenção de todos os dentes de leite é necessária por eles serem importantes para:
- a mastigação e digestão dos alimentos;
- o desenvolvimento dos músculos da face;
- ajuda a fala;
- para um sorriso bonito (estética);
- para guardar espaço e orientar a erupção correta dos dentes permanentes.    

Publicação do Bom Dia Brasil

Edição do dia 27/06/2011

Fazer clareamento dos dentes por conta própria pode causar problemas

Dentistas alertam que fazer o tratamento sem acompanhamento pode causar sérios problemas na boca. O maior risco é que o uso indevido pode estragar todos os dentes de uma vez só.

Sorriso amarelo ninguém quer. Por isso, cada vez mais brasileiros estão clareando os dentes e, muitas vezes, por conta própria. Mas os dentistas dizem que fazer o tratamento sem acompanhamento pode causar problemas que podem levar à perda do dente.
Alguns produtos usados no clareamento podem ser comprados até em farmácias, mas, se usados sem acompanhamento, atacam a gengiva e o esmalte dos dentes. Veja os cuidados para ficar com um sorriso perfeito na reportagem de Dirceu Martins.
O clareamento de dentes está se popularizando cada vez mais, principalmente por causa da chegada de novos produtos às farmácias. Mas os dentistas alertam que fazer o tratamento por conta própria, sem acompanhamento, pode causar sérios problemas na boca.
De casamento marcado, a auxiliar jurídico Camila Machado e Souza decidiu clarear os dentes antes da cerimônia. O casamento deu certo, mas o clareamento: “Deu errado”, conta.
Ela deveria fazer em casa cinco aplicações do produto receitado por um dentista, mas parou na segunda: “Eu senti muita dor, muita sensibilidade, a minha gengiva também machucava”, explica Camila.
Teve que desistir do clareamento e procurar outro dentista. “Ela fez repetidamente, diariamente. Deveria ter sido dia sim e dia não, ou semanalmente”, afirma a dentista Zuleide Alves Ferreira.
O clareamento é feito produtos que contêm peróxido de hidrogênio, o mesmo elemento da água oxigenada. Ele é absorvido pelo esmalte e chega à dentina, a parte que dá a cor aos dentes. Quanto maior a concentração, maior o poder de clareamento.
Os especialistas da USP dizem que um ingrediente importante do clareamento dentário é o critério. Quem compra o produto na farmácia precisa seguir estritamente as instruções da embalagem. Mas o melhor é sempre contar com a orientação de um profissional.
Os dentes de cada pessoa têm características individuais e estas diferenças precisam ser consideradas na hora do tratamento. O maior risco é que o uso indevido pode estragar todos os dentes de uma vez só.
O professor de odontologia restauradora da USP Fernando Mandarino elogia os efeitos, mas lembra que deve ser tratado como medicação e não como cosmético: “Pode provocar sensibilidade, inflamação gengival. Se ultrapassar muito o tempo de uso do agente clareador, começa a desnaturar a estrutura dentinária, provocando o enfraquecimento do elemento dental”, explica.

Segundo os dentistas, não devem fazer o clareamento mulheres grávidas, menores de 15 anos e pessoas com muitas restaurações nos dentes. Os fumantes precisam fazer uma avaliação com o dentista para saber se é possível fazer o tratamento.
 

Vejam a publicação da Revista Veja:(Proteina contra câncer de mama)

Proteína pode se tornar nova arma contra câncer de mama

Cientistas conseguiram, pela 1ª vez, isolar e entender o funcionamento da Runx3, um importante supressor do crescimento de tumores mamários

Câncer de mama: o tipo do tumor é o mais comum entre 
as mulheres Câncer de mama: o tipo do tumor é o mais comum entre as mulheres (Comstock Images/Thinkstock)
Cientistas americanos conseguiram, pela primeira vez, identificar e compreender o funcionamento de uma proteína capaz de reduzir as chances de desenvolvimento de tumores de mama. De acordo com reportagem publicada no periódico especializado Oncogene, pesquisadores da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, conseguiram reverter o crescimento do tumor apenas regulando os níveis da substância no tecido mamário. 
Batizada de Runx3, a proteína já era conhecida como um potente supressor do crescimento do câncer de mama. Não se sabia, no entanto, qual era seu mecanismo de ação. Na pesquisa, o grupo coordenado por Lin-Feng Chen, professor da Universidade de Illinois, descobriu que uma quantia significativa de camundongos sem um dos dois genes Runx3 desenvolveu espontaneamente tumor na glândula mamária após 14 ou 15 meses de vida — o equivalente à faixa etária entre 40 e 50 anos em humanos.
“Descobrimos tumores mamários em desenvolvimento em cerca de 20% dos camundongos que não tinham um dos genes Runx3”, diz Chen. Nenhum dos animais que tinha as duas cópias do gene, no entanto, desenvolveu o tumor. Assim, a equipe já tinha indícios de que a ausência de um dos dois genes Runx3 estava relacionada ao desenvolvimento do câncer. Os pesquisadores descobriram ainda que o receptor alfa de estrogênio (ER-alfa), um dos envolvidos no desenvolvimento do câncer de mama, aparecia em excesso no tecido dos tumores dos camundongos. O ER-alfa é abundante em cerca de 75% dos casos humanos de câncer de mama - o excesso da substância é especialmente perigoso nesses casos porque o ER-alfa aumenta a proliferação das células cancerígenas e também a resistência do tumor aos tratamentos. 
Quando o Runx3 que estava inativo foi reintroduzido no organismo em regiões onde havia ER-alfa em excesso, o gene conseguiu suprimir o crescimento das células cancerígenas, além de inibir o potencial de formação de tumores nos camundongos. “Ao regular os níveis celulares de ER-alfa, o Runx3 controla a resposta celular ao estrogênio circulante. Assim, a proteína desempenha um papel importante na inibição do câncer de mama”, diz Chen.
Para o cientista, o estudo abre portas para a criação de novos tratamentos e medicamentos contra o câncer. Uma ideia, segundo o pesquisador, seria o desenvolvimento de testes para medir os níveis de Runx3 nos tecidos mamários. “Já se sabe que o Runx3 está inativo nos primeiros estágios do câncer de mama. Esse gene poderia funcionar como um biomarcador dos estágios da doença”, diz.

Piercing lingual pode prejudicar a saúde

Piercing

Muitos usuários não sabem que o adereço pode trazer sérios riscos à saúde, como infecções, hipersalivação, inchaço, traumas em dentes e até câncer bucal.
 Nem sempre os estabelecimentos que colocam as peças seguem as normas de vigilância sanitária e de esterilização. A falta de cuidados com a biossegurança favorece a transmissão cruzada de hepatite e de Aids. A dor e o edema na língua são as primeiras complicações que surgem com a punção.    Quando a perfuração atinge regiões vascularizadas ou nervosas, o órgão pode apresentar sangramento prolongado ou parestesia (sensações subjetivas vivenciadas mesmo sem estimulação, como frio, calor, formigamento). E se a língua inchar demais pode até fechar a passagem do ar e dificultar a respiração.
  Os riscos não cessam após a colocação da peça. Mesmo que o usuário não apresente quadro infeccioso no início, o hábito de brincar com a jóia ou a simples mastigação pode causar danos aos tecidos vizinhos. A literatura científica reporta casos de fratura dental, trauma na mucosa, gengiva e palato, retração gengival e cicatrização exagerada (quelóide) na língua em usuários de piercing.
  Outros problemas são interferência na mastigação, deglutição e fonação, hipersalivação, dificuldades na fala, além de aspiração da jóia, incorporação da jóia no local da perfuração, obstrução de imagens radiográficas e hipersensibilidade ao metal. Piercings colocados em outras regiões da cavidade oral também podem causar danos irreversíveis aos pacientes.
  O trauma contínuo e de baixa intensidade provocado por um objeto estranho ao corpo como o piercing, potencializado pelo consumo de álcool, fumo ou propensão genética, pode levar ao câncer.

Prevenção da saúde bucal começa na gestação!


Qual é a idade indicada para levar uma criança pela primeira vez ao dentista?

Prevenção da 
saúde bucal começa na gestação!
 Muitas mães, infelizmente, ainda pensam que a data é só após a formação total da dentição de leite ou no aparecimento dos primeiros dentes permanentes. E é aí que se enganam! Na verdade, a ida ao dentista deve ser realizada nos primeiros dias de vida e medidas preventivas são essenciais e devem ser iniciadas já na gestação pelas mamães.
Os primeiros dentinhos do bebê já começam se formar na quinta semana de gravidez e nessa etapa a futura mamãe precisa ter uma dieta balanceada rica em cálcio, fósforo e vitaminas A, B, C e D para assegurar uma boa estrutura dental à criança. “É na fase embrionária que também o paladar do bebê começa a ser desenvolvido. Por isso, é aconselhável que a gestante tenha uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes, derivados de leite e carne, preferencialmente, de ave e peixe”. 
Os cuidados com alimentação das mães não param após o nascimento do nenê. Durante a amamentação, a dieta balanceada deve continuar, pois o próprio leite materno é cariogênico. Trabalhando com linguagem e ambientes diferenciados, os odontopediatras utilizam psicologia infantil para melhor lidar com os pequenos, tendo forte papel de educadores da saúde para pais e filhos. Entre as diversas técnicas, as mais utilizadas pelo especialista no atendimento infantil são as de condicionamento, através dos audiovisuais, reforço por símbolos, controle vocal e imitação, dinâmicas “falar-mostrar-fazer” e exercícios com a mão sobre a boca.
Para o recém-nascido, os cuidados em torno da limpeza bucal devem ser iniciados antes mesmo do aparecimento do primeiro dente, agregada a uma orientação nutricional, com uso consciente e limitado do açúcar. “A higiene oral é feita com uma fralda ou gaze umedecida em água filtrada, que é envolvida pelo dedo indicador dos pais e passada pela face interna da boca e língua após as mamadas”. A medida preventiva é mais uma ação educadora de higienização bucal para as crianças, agregando-a as suas atividades habituais.
DENTES DE LEITE – Com o surgimento dos primeiros dentinhos, é indicada a escovação deles e da língua com escova macia e creme dental sem flúor, que deve ser utilizado até os quatro anos da idade. A partir dos cinco, o creme, seguindo orientações sempre do odontopediatra, deve ser substituído por um com flúor. O uso do fio dental e a preferência por uma dieta pobre em açúcar, principalmente nos intervalos das refeições também são importantes para a saúde da boca.
A escovação deve ser supervisionada pelos pais ou responsável até a criança adquirir coordenação motora suficiente para realizar a atividade sozinha. Para a prevenção de cáries, além da escovação sempre após cada refeição e antes de dormir, pode ser feito o uso tópico com flúor a partir dos dois anos e meio de idade. A freqüência entre as aplicações vai depender das necessidades de cada paciente.
“Os dentes de leite são de vital importância na manutenção do espaço nos arcos dentários para os dentes permanentes e na estimulação do crescimento dos maxilares”. Em boa conservação, eles estimulam o crescimento do osso de sustentação dos dentes, são úteis na correta mastigação, auxiliando na digestão dos alimentos, e facilitam a articulação das palavras. Tão necessário conservá-los é reconhecer a hora de extrai os primeiros dentinhos. A perda precoce dos dentes pode resultar no mau posicionamento dos dentes adjacentes, em alteração na mordida da arcada dentária superior e inferior e crescimento anormal do dente antagonista.
A primeira dentição, apesar de ser temporária, é muito importante para estruturação da arcada dentária, guiando o nascimento na posição correta dos dentes permanentes. Para evitar problemas ortodônticos, os pais devem ficar atentos aos hábitos bucais dos filhos, como a sucção do dedo polegar, uso prolongado de chupeta e respiração pela boca. 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

IMPLANTES DENTÁRIOS

saiba um pouco sobre o implantes dentários 

1- O que é implante dentário?
Implantes dentários são pinos confeccionados em titânio, que se parecem com parafusos, implantados na maxila e mandíbula através de uma pequena cirurgia.


É uma maneira de recolocar um dente ou um grupo de dentes perdidos. Permitem também estabilizar sua dentadura, trocar sua dentadura ou prótese parcial removível por uma prótese fixa e repor dentes perdidos sem desgastar os vizinhos. Ainda melhoram sua qualidade de vida, eliminando muitas das inseguranças associadas às dentaduras ou pontes móveis, além de aumentarem sua eficiência mastigatória e estética.

2- Qualquer pessoa pode fazer um implante dentário?
Não são todas as pessoas que podem receber implantes. Antes de dar início ao tratamento, é realizada uma cuidadosa avaliação para verificar se o paciente pode realmente passar pela cirurgia.
Essa avaliação consiste em exame clínico da boca no consultório, coleta de dados sobre a história médica (diabetes, alergias, uso de outros medicamentos, fumo, álcool, uso de drogas, etc.), radiografias ou qualquer outro tipo de exame que se faça necessário.
O implantodontista irá fazer o planejamento baseando-se em exames complementares, tais como: raio-x e/ou tomografia computadorizada para avaliar a quantidade de osso remanescente, modelos da boca para determinar o espaço disponível. Para a instalação de implantes dentários, é necessário uma mínima altura e espessura óssea que seja compatível com a instalação de implantes de bom tamanho, possibilitando a instalação de uma coroa protética com padrões estéticos ideais.


3- Como é a cirurgia? Posso ter dor?
A cirurgia é feita, normalmente, com anestesia local e são muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente incluso, por exemplo.
O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incômodo maior. Pode ocorrer um pequeno inchaço nos primeiros dias por se tratar de um procedimento cirúrgico, porém é uma condição controlada com medicamentos que o dentista irá prescrever conforme a necessidade. O desconforto varia de acordo com a extensão da cirurgia e do próprio organismo do paciente, mas não deve causar transtornos significativos.

4- O que é osseointegração?
Após a colocação do pino, que chamamos de fase cirúrgica, temos o processo de osseointegração, que é a etapa onde o implante se integra ao osso, apresentando-se fixo. Em geral, a fase da osseointegração dura de 3 a 4 meses, permitindo assim, passarmos para a última etapa que é a colocação na prótese definitiva.



5- Posso sofrer rejeição do implante dentário?
Não. O implante dentário é feito com titânio, um material biocompatível, portanto não é rejeitado pelo organismo. O que pode acontecer é o insucesso por falha na união do implante com o osso. Este fato representa um índice muito pequeno, cerca de 3% dos casos.

6- Ficarei sem dentes durante o tratamento?
Durante o seu tratamento com implantes dentários, o dentista terá condições de colocar em você uma prótese provisória, que será usada durante o período de cicatrização dos implantes dentários. Freqüentemente é possível ter um dente provisório fixo.

7- O que é enxerto ósseo?
Quando ocorre a perda de um dente, o osso que estava ao redor da raiz vai se perdendo gradativamente, em um processo chamado reabsorção óssea. Em casos que não há osso suficiente para fixação do implante, é necessário repor o osso perdido, através de cirurgias para a colocação do enxerto ósseo. Há diversas técnicas cirúrgicas e materiais utilizados no tratamento que vai depender da extensão e quantidade necessária. Os enxertos podem ser feitos previamente ou na mesma sessão da colocação do implante.

8- Qual a taxa de sucesso do tratamento com implante dental?
Há diversos fatores que influenciam o resultado final da cirurgia de implante, porém, quando feito em condições favoráveis, o sucesso no procedimento ocorre entre 95% e 98% dos casos.

9- A falta de dentes pode me prejudicar?
Sim. A falta de um ou mais dentes leva a todo um desequilíbrio da mordida e da musculatura das regiões vizinhas, causando uma perda estética, com aspecto de envelhecimento, e principalmente causam problemas de mastigação e dores na região da articulação dos maxilares.

O implante é, sem dúvida, uma solução eficiente, pois apresenta resultados ótimos, duradouros e esteticamente perfeitos. 


Anomalias no desenvolvimento dos dentes

As anomalias de desenvolvimento e do crescimento geram características que fogem ao padrão da normalidade, podendo ser parte de uma série de outras anomalias pertencentes a distúrbios endócrinos, síndromes ou ser simplesmente alterações isoladas.
A ocorrências destas anomalias pode gerar problemas em termos de função, estética ou ter comportamento inócuo.

FUSÃO DENTAL

É a denominação dada quando dois dentes se unem congenitamente pela coroa e raiz, sendo mais visto nos incisivos centrais e laterais. O maior problema é o fator estético presente, que é solucionado com os recursos atuais da estética dental.

GEMINAÇÃO
 
Anoimalia em função da divisão frustrada de um germe dental, originando duas coroas separadas total ou parcialmente com raíz única. É provável que seja de caráter hereditário, pois há relatos científicos de ocorrência em indivíduos da mesma família e em gerações seguintes.


CONCRESCÊNCIA
União de dois dentes pelo cemento radicular, fazendo com que o dente tenha duas coroas e uma raiz.

DILACERAÇÃO

Curvatura proeminente da coroa ou raiz dental, provavelmente o trauma durante a odontogênese seja o fator etiológico mais acentuado para sua ocorrência.

domingo, 26 de junho de 2011

Herpes labial

Saiba mais sobre herpes labial

 

O herpes simples é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Herpes hominis virus. Existem dois tipos de vírus do herpes simples: o tipo 1 e o tipo 2. Geralmente, o tipo 1 é responsável pelos casos de herpes labial, e o tipo 2, pelo herpes genital.

Como acontece a transmissão do vírus?
A infecção pelo herpes se dá através do contato direto com lesões infectadas pelo vírus. Esse primeiro contato se dá, invariavelmente, durante a infância. A situação mais comum de contágio é aquela em que algum dos pais (ou parentes próximos) é portador do vírus, apresenta as lesões em lábio e entra em contato direto com a pele da criança.

O que acontece depois que a criança se contamina?
Após o contato com as lesões, a pessoa passa por uma fase de incubação do vírus, que dura em torno de 10 dias. Após esse período, algumas crianças podem apresentar a primo-infecção herpética ou estomatite herpética primária. Essa fase é marcada por manifestações clínicas, como febre, mal estar geral, irritabilidade, cefaléia, perda de apetite e linfadenopatia. A seguir, podem surgir bolhas na boca, nos lábios e na pele em torno dos lábios. Logo as bolhas se rompem, formando úlceras extremamente dolorosas e sangrantes. O quadro clínico tem resolução espontânea em cerca de 15 dias. Apesar da severidade da manifestação primária do herpes, apenas 1% dos pacientes que são infectados pelo vírus desenvolvem a doença clínica: 99%, apesar de infectados, não apresentam sinais ou sintomas clínicos.

Mas não são os adultos que apresentam a doença com mais freqüência?
Sim. Na verdade, são poucas as crianças que apresentam as lesões em pele ou boca. Após o contágio inicial (tendo ou não apresentado as manifestações clínicas), o vírus fica “dormente” dentro do organismo e só volta a apresentar manifestações clínicas a partir da adolescência. As manifestações clínicas que acontecem na fase adulta ocorrem pela reativação do vírus que estava “dormente” e estão, geralmente, ligadas à queda de imunidade.

Quais as causas da reativação do vírus?
Alguns fatores desencadeantes comuns são: febre, exposição ao sol, distúrbios gastrointestinais, trauma mecânico, estresse e períodos menstruais.

Como são as lesões recorrentes?
As manifestações secundárias não são tão graves como as da primo-infecção. As lesões restringem-se, na maioria dos casos, à região perioral ou perinasal, aparecendo na forma de pequenas bolhas que estouram e são recobertas por uma crosta durante o processo de cicatrização. O curso clínico da estomatite herpética secundária finda em torno de 8 dias.

Existe cura para o herpes?
Não, mas existe tratamento. O tratamento visa diminuir a freqüência com que os episódios ocorrem. Atualmente, os tratamentos envolvem drogas como o aciclovir, empregadas de forma local e sistêmica, e aplicações de laser de baixa intensidade.


Referência: Revista da APCD.

 

sábado, 25 de junho de 2011

diabetes e doença periodontal

Qual é a relação entre diabetes e doença periodontal?

Se você tem diabetes, deve saber que além dos problemas de saúde, a diabetes também está associada com a instalação e agravamento da doença periodontal.



O que é doença periodontal?

Doença periodontal é uma infecção que destrói o osso e demais tecidos que suportam o dente. Sua principal causa é o acúmulo de placa bacteriana, ou biofilme dental. No entanto, outros fatores, como o fumo e a diabetes podem acelerar o ritmo de destruição óssea.


Sem tratamento, a doença periodontal leva à formação de bolsas periodontais, sangramento gengival, mobilidade dos dentes e, por fim, à perda do dente.



Pacientes diabéticos apresentam até três vezes mais risco de desenvolverem doença periodontal do que não diabéticos. Indivíduos diabéticos com controle metabólico inadequado apresentam até 11 vezes mais risco de apresentarem perda óssea periodontal do que indivíduos sem a doença.

Além disso, sabe-se que diabéticos com doença periodontal apresentam piores resultados após o tratamento, bem como maior chance de recidiva de periodontite.



Influência da doença periodontal na diabetes

Além do efeito da diabetes sobre a doença periodontal, o inverso também acontece. Pacientes diabéticos que apresentam doença periodontal apresentam pior controle metabólico do que diabéticos sem doença periodontal. Isso acontece porque, como qualquer outra infecção, a doença periodontal aumenta a resistência tecidual à insulina.

Estudos mostram que o tratamento periodontal realizado em diabéticos é capaz de melhorar o controle metabólico destes pacientes.

Se você é diabético, é importante saber que:

- Diabéticos apresentam maior risco de desenvolver doença periodontal. Portanto, é importante consultar um periodontista com periodicidade.

- Diabéticos com doença periodontal apresentam um pior controle metabólico que diabéticos sem doença periodontal. O tratamento periodontal pode melhorar o controle metabólico, reduzindo os níveis de glicemia.

- O bom controle metabólico, com acompanhamento médico, uma boa higienização bucal, e consultas periódicas com o cirurgião dentista são importantes para manter uma boa saúde bucal.

Cresce mercado para dentistas de pacientes especiais

 
Valorização da auto-estima física e moral, suporte psicológico e atenção são as armas da odontologia destinada a pacientes especiais como diabéticos, portadores de HIV e de câncer. Aprofundar os estudos e desenvolver metodologia para atender esses pacientes são conceitos novos dentro do Conselho Federal de Odontologia, mas isso não é tudo. A humanização e a interação dos dentistas com outros profissionais de saúde é o que diferencia este trabalho.
Não adianta colocar a melhor prótese e não ver o paciente sorrir. Nesses casos especiais a biossegurança é fundamental, mas o nosso dever é conquistar o doente.
A dedicação de alguns dentistas trouxe dignidade para um grupo que muitas vezes sofre com a falta de infra-estrutura para atendê-los. Ainda assim o número de profissionais, aproximadamente 750 especializados no Brasil, é muito pequeno em relação à lista de pacientes.Muitos têm receio técnico, por falta de informação, e por ser um atendimento de alto risco.

A palavra-chave do atendimento a pacientes especiais é a abordagem multidisciplinar. Isso significa a integração de dentistas com outros profissionais da área de medicina.
dentista1_siteSegundo especialistas, a odontologia ultrapassa o limite da estética e passa a fazer parte de um quadro amplo da saúde do paciente. Isso requer mais tempo e conhecimento da patologia bucal e da doença por parte do profissional da Odontologia. 
A preocupação nesse tipo de atendimento supera o espaço do consultório e a cavidade bucal e integra muita psicologia e renovação da auto-estima do doente. Uma criança com câncer, por exemplo, é muito mais fragilizada do que as outras.
Outra área que ganha notoriedade a cada dia é a odontogeriatria.
Alguns profissionais atendem até mesmo em casa, 
principalmente idosos. E pensam em chegar também a pacientes com deficiência mental ou física.
idoso
A seleção natural faz com que 90% dos pacientes sejam idosos. Porém, a maioria deste grupo não atribui importância ao tratamento dentário.
A terceira idade pensa que não precisa mais de  dentes. A deficiência na alimentação causa problemas como anemia. E o temporo mandibular, articulação que está embaixo do ouvido, quando prejudicado, provoca surdez.
Na esperança de conseguir mudar esta idéia, é importante também orientar os pacientes e seus familiares na alimentação e higiene bucal.
O objetivo hoje é conquistar pacientes com problemas físicos e mentais, que encontram em casa o conforto e intimidade, facilitando o trabalho dos dentistas.



Odontologia Multidisciplinar e paciente Odontogeriátrico


O comprometimento da saúde bucal afeta a saúde geral, podendo comprometer a nutrição, a fala e o bem-estar físico e social. Sabendo que o processo de envelhecimento predispõe ao desenvolvimento de cáries, doença periodontal e alterações das diversas estruturas que compõem o sistema estomatognático, a Odontologia exerce papel fundamental na equipe multiprofissional em Geriatria e Gerontologia.
Algumas condições comuns como o uso de próteses, de medicamentos, do fumo e as doenças sistêmicas predispõem ao surgimento de lesões e/ou alterações na cavidade oral. Algumas das mudanças mais evidentes são: atrofia do tecido epitelial da mucosa oral, perda da elasticidade e diminuição da espessura, tornando-a mais suscetível a lesões; câncer bucal; alterações linguais como a lisura, a perda das papilas filiformes e variculosidades sublinguais; xerostomia; dentes com coloração extrínseca e/ou intrínseca, atrição, abrasão e cárie radicular; mudanças no cemento e no osso alveolar, acompanhando o restante do esqueleto; redução no número de papilas gustativas; e alterações no desempenho motor (menor eficiência dos músculos da mastigação e prolongamento da fase oral da deglutição).
Uma avaliação odontológica satisfatória inicia-se com um bom ambiente e boa comunicação. O profissional deve eliminar ruídos, sentar em frente ao paciente, falar claro e devagar, ser atencioso e apresentar uma mensagem de cada vez. Os impressos devem ter letras grandes e o consultório deve estar adaptado para facilitar a circulação do paciente.
A anamnese deve conter informações que determinem o grau de autonomia e capacidade funcional, pois eles dão informações sobre o estado de saúde e a capacidade do paciente de manter uma boa higiene oral. Para o paciente geriátrico, é importante anexar ao prontuário, um questionário suplementar: a Ficha Suplementar ao Prontuário Odontológico Usual (FS-POU). Ela tem como objetivo classificar a dependência do paciente, determinar cuidados especiais no seu manejo, conhecer necessidades individuais para a higiene oral, detectar alterações de ordem geral e promover o encaminhamento a outros profissionais.
O profissional deve obter o motivo principal da consulta, questionando paciente e cuidador, e usar estratégias para conseguir informações corretas (evitar que superestimem ou minimizem a queixa). Quanto à história dental, o dentista deve investigar intercorrências em tratamentos odontológicos prévios (como alergias, desmaios, sangramentos), analisar o último exame radiológico e questionar sobre a existência de hábitos nocivos, o uso de tabaco e sobre os atuais cuidados preventivos. O profissional em Odontologia deve obter também a história médica do paciente, contendo doenças existentes, alergias, medicamentos em uso atual, hospitalizações pregressas e suas causas. Com isso, evita-se colocar o atendimento odontológico em situação de emergência. A história psicossocial e econômica é importante em qualquer avaliação do paciente geriátrico e inclui questões sobre insegurança, depressão, ajustamento às novas mudanças etc. A história familiar deve conter doenças de transmissão genética.
Um exame físico completo deve ser realizado em todos os pacientes, incluindo sinais vitais (pressão arterial, pulso, temperatura e respiração), estado mental e nutricional e exame extra e intrabucal. O exame das próteses constitui parte importante da avaliação e deve-se atentar para sua funcionalidade, estética e conforto, avaliando as condições do aparelho e as alterações teciduais associadas ao seu uso.
Os exames complementares que podem ser utilizados em Odontologia são: radiografia dental (indispensável para a identificação da maioria das alterações), tomografia computadorizada, teste elétrico e exames laboratoriais. Para a obtenção do risco cirúrgico, deve-se comunicar com o médico do paciente.

gravidez e saude bucal

Gravidez exige cuidado com a saúde bucal

 

Ginecologista, cremes contra estrias, roupas mais largas. Quarto do bebê, nome que combina melhor, contas e tantos “etc” que a lista de pendências da mulher grávida ganha quilômetros de extensão.
Quase sempre, é verdade, a boca é esquecida. A visita ao dentista passa em branco e problemas graves para a gestação ficam mais próximos.
A importância da saúde bucal das futuras mamães é tanta que elas foram o foco do Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (Ciosp), realizado no último final de semana na capital paulista. Entre os temas apresentados, a pesquisadora da Universidade Federal de Juiz de Fora, a dentista Thalita Miana, abordou que problemas simples na boca, como gengivites e cáries, podem até aumentar os riscos de parto prematuro e baixo peso da criança ao nascer.
“Acompanhamos 88 gestantes de Minas Gerais”, afirmou Thalita. “Do total, 95% delas tinham cáries e 83% alguma doença periodontal (inflamações e infecções)”, conta a dentista.
Todas as gestantes receberam tratamento dentário e isso preveniu que elas entrassem para o grupo já mapeado por diversas pesquisas nacionais e internacionais. Um dos estudos, publicado no Journal of Periodontology, por exemplo, atestou que quando as mães têm problemas bucais não tratados os riscos dos bebês nascerem antes dos nove meses ou com menos de 2,5 quilos – o que aumenta as complicações de saúde das crianças – é amplificado em até 7,5 vezes (trabalho comparativo entre um grupo de 48 mulheres sem doenças na boca com um outro de mesmo número, porém com doenças bucais).
Hormônios e hormônios
Segundo os ortodontistas, durante a gravidez, as mulheres ficam mais vulneráveis aos problemas da boca por causa do aumento das quantidades de hormônios. Além disso, explicam os especialistas, na gestação também há um decréscimo da capacidade gástrica, espécie de “suco” que ajuda na digestão (daí o aumento de enjôos e náuseas). Isso faz com que os esmaltes dos dentes fiquem ainda mais prejudicados, abrindo caminho para as cáries.
Artur Cerri, estomatologista e professor da Universidade de São Paulo, diz que estes problemas bucais por vezes provocam mau hálito, sendo essa uma das razões para o afastamento entre os casais durante a gestação. Segundo ele, mais uma evidência da importância de cuidar da boca na gestação.
Segundo as normas do Ministério da Saúde, as visitas ao dentista não fazem parte do protocolo exigido no pré-natal. Ainda assim, a dentista Thalita reforça que os médicos e enfermeiras precisam alertar as mulheres para a importância de cuidar da boca.


 

Câncer de Boca




O câncer de boca é uma denominação que inclui os cânceres de lábio e de cavidade oral (mucosa bucal, gengivas, palato duro, língua oral e assoalho da boca). O câncer de lábio é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio inferior em relação ao superior. O câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra.


Fatores de Risco
 

Os fatores que podem levar ao câncer de boca são idade superior a 40 anos, vício de fumar cachimbos e cigarros, consumo de álcool, má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal-ajustadas.

Sintomas

 O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro, indolores (podendo sangrar ou não) e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade para falar, mastigar e engolir, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (caroço no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.

Prevenção e Diagnóstico Precoce

 Pessoas com mais de 40 anos de idade, dentes fraturados, fumantes e portadores de próteses mal-ajustadas devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa). O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.

Exame Clínico da Boca

 O exame rotineiro da boca feito por um profissional de saúde pode diagnosticar lesões no início, antes de se transformarem em câncer. Pessoas com mais de 40 anos que fumam e bebem devem estar mais atentas e ter sua boca examinada por profissional de saúde (dentista ou médico) pelo menos uma vez ao ano.

Tratamento 

A cirurgia e/ou a radioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento (cura em 80% dos casos).

As lesões iniciais são aquelas restritas ao seu local de origem e que não apresentam disseminação para gânglios linfáticos do pescoço ou para órgãos à distância. Mesmo lesões iniciais da cavidade oral, principalmente aquelas localizadas na língua e/ou assoalho de boca, podem apresentar disseminação subclínica para os gânglios linfáticos cervicais em 10% a 20% dos casos. Portanto, nestes casos, pode ser indicado o tratamento cirúrgico ou radioterápico eletivo do pescoço.

Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, independentemente da radioterapia. Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos 'gânglios'), é indicado o esvaziamento cervical do lado comprometido. Nestes casos, o prognóstico é afetado negativamente.

A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, que permitiu largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, ainda são grandes e o prognóstico dos casos, intermediário. A quimioterapia associada à radioterapia é empregada nos casos mais avançados, quando a cirurgia não é possível. O prognóstico, nestes casos, é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de se controlar totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.

vejam a publicação do jornal nacional:

Cientistas têm resultados positivos com vacina para combate ao câncer

No estudo, eles trataram de um tumor de próstata em camundongos. No entanto, cientistas dizem que ainda será preciso muita pesquisa e testes em humanos até que a vacina possa ser usada em pacientes com câncer.

Edição do dia 20/06/2011

Pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido anunciaram uma novidade que, no futuro, poderá mudar os tratamentos de combate ao câncer.
Uma vacina e pronto. Desejo de pacientes, médicos, cientistas, de todos aqueles que, de alguma forma, enfrentam o câncer. Um caminho para a realização desse sonho apareceu na pesquisa feita por americanos e britânicos.
Eles analisaram o DNA de uma próstata humana saudável e isolaram uma coleção, uma biblioteca de genes. Esses genes foram usados em uma vacina, aplicada em camundongos com câncer na próstata. E o organismo dos animais começou a produzir proteínas chamadas de antígenos, que combateram o câncer. Ou seja, a vacina induziu o corpo a atacar o tumor.
Em outras pesquisas, cientistas já tinham usado métodos parecidos, mas com apenas um gene. O resultado foi limitado porque muitos tumores precisam de diferentes proteínas para serem combatidos. Mesmo assim, os pesquisadores temiam que uma quantidade maior de genes pudesse provocar um descontrole do sistema imunológico – o que não aconteceu.
No estudo, eles trataram de um tumor de próstata em camundongos. Mas os pesquisadores dizem que a técnica pode ser usada para combater outros tipos de câncer. Exemplos: câncer de pele, de mama.
A vacina não precisou ser injetada diretamente no tumor, processo mais complicado. Foi aplicada na corrente sanguínea mesmo, como qualquer outra vacina.
No entanto, os cientistas dizem que ainda será preciso muita pesquisa e testes em humanos até que a vacina possa ser usada em pacientes com câncer.
 

o jornal nacional publica:

Novo exame de confirmação indica em minutos se paciente tem HIV

Todos os pacientes que recebem um resultado positivo de HIV precisam ser submetidos a um teste de confirmação. Atualmente, este segundo exame demora até 30 dias para ficar pronto.

Edição do dia 20/06/2011

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolveu um exame importantíssimo para quem precisa confirmar se é mesmo portador do vírus da Aids. Quem obtém resultado positivo para o
HIV em um primeiro exame sempre precisa fazer um teste de confirmação, que demorava dias para chegar a um diagnóstico definitivo. Agora, a resposta deste segundo teste será dada em minutos.
Os novos exames que vão diminuir a ansiedade dos pacientes que recebem o diagnóstico de Aids sairão de salas do laboratório da Fiocruz, no Rio.
Todos os pacientes que recebem um resultado positivo de HIV precisam ser submetidos a um teste de confirmação. Atualmente, este segundo exame demora até 30 dias para ficar pronto. E, segundo a Fiocruz, por causa da grande demora, cerca de 40% dos pacientes não voltam para buscar o resultado definitivo.
No novo teste da Fiocruz, o técnico colhe uma gota de sangue do paciente, mistura a um líquido e o resultado aparece em uma placa, sob a forma de marcadores: uma linha significa resultado negativo; várias linhas, que o paciente está positivo para o vírus HIV. O resultado demora apenas 20 minutos e o paciente já sai com o diagnóstico definitivo.
O teste não precisa ser feito em laboratório e é fácil de ser aplicado. Mas ele só vai estar disponível na rede pública de saúde. A nova tecnologia foi desenvolvida com apoio de um laboratório americano e o acordo para prevê que o novo exame não poderá ser oferecido na rede particular.
Cada amostra vai custar R$ 25 para o Ministério da Saúde. O teste que é aplicado agora custa de R$ 130 a R$ 150 por amostra.
“Esse teste é um teste inovador. O Brasil é o primeiro país que está utilizando um teste rápido, confirmatório para diagnóstico de HIV”, declarou o diretor de Farmanguinhos, Artur Couto.
“Você vai ter o diagnóstico com uma certa agilidade e de imediato você tem como começar o tratamento daquela pessoa”, destacou William Amaral, da Rede Nacional de Pessoas com Aids.
O Ministério da Saúde informou que os novos testes estarão disponíveis a partir de julho nos centos de testagens de HIV, hospitais e postos de saúde que já fazem diagnóstico de Aids.

Queimando etapas

Mais um passo é dado no campo da medicina regenerativa: pesquisadores criam neurônios humanos a partir da pele, sem a necessidade de usar células-tronco ou induzir o tecido à pluripotência. O biólogo Stevens Rehen comenta o feito em sua coluna de maio.
Por: Stevens Rehen
Publicado em 27/05/2011 | Atualizado em 27/05/2011
Queimando etapas
Pesquisadores conseguem transformar células humanas da pele diretamente em neurônios. Apesar do sucesso, a técnica ainda precisa ser replicada e validada pela comunidade científica (imagem: jscreationzs/ FreeDigitalPhotos – montagem: Sofia Moutinho)
A estimativa atual é de que existam pelo menos 23 mil genes dentro do núcleo de cada célula de nosso corpo, mas, para converter uma dessas células num neurônio, são necessários somente quatro desses genes. Simples assim. É o que descreve o artigo da equipe de Marius Wernig, da Universidade de Stanford, publicado nesta semana na revista científica Nature.
Há quatro anos, no Japão, Shynia Yamanaka transformou fibroblastos da pele em células-tronco de pluripotência induzida (iPS, na sigla em inglês), equivalentes a células-tronco embrionárias. Como já discutido anteriormente nesta coluna, foi uma revolução.
A partir dessa técnica, hoje em dia qualquer laboratório do mundo com treinamento e equipamentos adequados é capaz de conceber uma fábrica de produção dos mais variados tipos celulares humanos a partir de uma pequena biópsia de pele.
O trabalho de Stanford é inspirado no esforço original do grupo do Japão, mas tem mérito para subverter positivamente o campo, como tentarei mostrar aqui.

Primeiros testes

Dentre os diversos tipos celulares gerados a partir das iPS, neurônios estão entre os mais complexos. Até então, para se obter neurônios a partir da pele, era preciso primeiro reprogramar fibroblastos em iPS para, num segundo momento, transformar as iPS em neurônios. O processo todo demora em média três meses e exige gastos altíssimos com meio de cultura e outros reagentes.
Há pouco mais de um ano, a equipe liderada por Marius Wernig, conseguiu converter fibroblastos da pele de camundongos diretamente em neurônios. Como que por um atalho inesperado, sem a necessidade de passar pela etapa de pluripotência induzida.
Mas como são muitas as diferenças no controle de expressão gênica entre camundongos e seres humanos, converter pele de camundongo em neurônio de camundongo não é garantia para o sucesso da técnica em células humanas. Como diria Gerson, o ex-jogador e comentarista de futebol, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”.
Converter pele de camundongo em neurônio de camundongo não é garantia para o sucesso da técnica em células humanas
Nesse novo trabalho, os pesquisadores de Stanford primeiramente testaram se o mesmo coquetel de genes “neurogênicos” aplicado nas células de camundongo também transformaria células-tronco embrionárias humanas em neurônios.
Usaram, nesse processo, um vírus como cavalo de Troia para carregar para o interior dessas células uma combinação de genes batizada de tratamento BAM (sigla composta pelas iniciais de cada um dos genes – Brn2, Ascl1 e Mytl1).
Como as células-tronco embrionárias são sabidamente capazes de se transformar em neurônios – dependendo apenas de um estímulo adequado –, se a técnica não funcionasse com essas células, provavelmente não funcionaria com nenhuma outra.
Três dias após a infecção, neurônios jovens começaram a surgir na placa de cultura. Após oito dias, essas células passaram a apresentar morfologia mais complexa e a produzir proteínas típicas de neurônios funcionais. Os neurônios formados conseguiam inclusive se comunicar entre si.

Prova dos nove

Mas a prova dos nove viria somente com células da pele de seres humanos. Será que a introdução de três genes específicos no interior de fibroblastos humanos os transformariam em neurônios?
A princípio, o grupo testou o método em fibroblastos fetais, já que outros trabalhos científicos haviam demonstrado ser mais fácil (ou menos difícil) reprogramar essas células. Uma semana após a infecção com a combinação BAM, surgiram os primeiros neurônios. Apresentavam a morfologia típica de células do cérebro de seres humanos, mas eram muito imaturos.
Naquele momento, a conclusão dos cientistas era de que, diferentemente do que acontecera com as células de camundongos, três genes não seriam suficientes para criar cérebro humano a partir da pele. No máximo, obtinham-se precursores neuronais, mas não neurônios propriamente ditos.
Diante desses resultados, a equipe de Wernig resolveu testar outros 20 genes para incrementar o efeito do tratamento BAM. Descobriram, então, que NeuroD1, um fator de transcrição com grande importância para a formação de neurônios, quando combinado ao tratamento BAM, triplicava a eficácia da conversão pele-cérebro.
Células convertidas em neurônios
Pesquisadores testaram o novo método em fibroblastos de fetos humanos com a combinação usual de três genes (BAM) e com um gene adicional. No tratamento com quatro genes, a eficiência na conversão pele-cérebro triplicou. (Wernig et al/ Nature)
Após duas semanas, essa combinação, agora conhecida como BAMN, convertia fibroblastos em neurônios com morfologia típica e que produziam diversas proteínas do cérebro humano. Um mês depois, essas células se tornavam praticamente idênticas a neurônios funcionais.
Estaria o fenômeno de conversão em neurônios humanos restrito a fibroblastos fetais, muito imaturos e sabidamente mais fáceis de responder a esse tipo de manipulação genética?
Para obter a resposta, a equipe decidiu repetir o procedimento com fibroblastos mais maduros, obtidos do prepúcio de recém-nascidos circuncidados. Novamente conseguiram transformar as células da pele em neurônios funcionais. Para finalizar, repetiram o feito com fibroblastos de uma criança de 11 anos.
Enquanto 20% dos fibroblastos de camundongos eram convertidos em neurônios com a aplicação da técnica, o mesmo acontecia somente com 3% de seus corolários humanos. Além disso, a falta de demonstração da eficácia do método em fibroblastos realmente adultos (não de fetos, recém-nascidos ou uma criança), indicava que havia um obstáculo a ser superado.

É preciso replicar

Se não for possível produzir neurônios a partir da pele de jovens, adultos e principalmente idosos, pouco se aproveitará da técnica.
Tão importante quanto, é confirmar se os neurônios gerados a partir da pele são mais “seguros” do que células embrionárias ou reprogramadas. Um ensaio experimental simples poderia evidenciar a possibilidade (ou não) de formação de teratomas por essas células.
Cabe aqui registrar que, após um ano, nenhum outro grupo de pesquisa conseguiu repetir o feito
Cabe aqui registrar que, após um ano, nenhum outro grupo de pesquisa conseguiu repetir o feito da conversão de fibroblastos de camundongos em neurônios.
A equipe californiana está, portanto, diante de mais uma provação. Se nenhum outro cientista conseguir transformar fibroblastos humanos em neurônios, o procedimento pouco irá contribuir para o desenvolvimento dessa área de pesquisa.
Independentemente disso, o trabalho é fascinante. A partir da combinação de quatro genes, em pouco mais de um mês, foi possível transformar fibroblastos humanos em neurônios funcionais.
Células-tronco
As células-tronco (na foto) são consideradas protagonistas da medicina regenerativa. Novo estudo, porém, sugere que nem sempre elas são necessárias para se chegar à célula desejada, trazendo novas perspectivas para a área. (imagem: Nissim Benvenisty/ CC BY 2.5)
O mais impressionante, na minha opinião, é constatar que apenas  0,02% do genoma humano é suficiente para promover essa conversão. Mal comparando, seria o equivalente a transformar uma bicicleta num carro de Fórmula 1 com uma chave de fenda e meia dúzia de parafusos.
De uma forma bastante simples, reduziu-se a necessidade de se criar iPS para gerar neurônios. A conversão direta pele-cérebro reduz custos, tempo e torna mais fácil a obtenção de tecido cerebral de pacientes específicos no laboratório.
Novas perspectivas para a medicina regenerativa acabam de surgir.

Stevens Rehen
 Instituto de Ciências Biomédicas
Universidade Federal do Rio de Janeiro