quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vejão que interessante:

O raio que cai duas vezes no mesmo lugar

É raro, mas acontece. Uma mulher pode carregar fetos não gêmeos na mesma gestação. Em sua coluna de maio, Jerry Borges explica o fenômeno da superfetação e fala de sua possível ligação com iniciativas de reprodução assistida.
Por: Jerry Carvalho Borges
Publicado em 06/05/2011 | Atualizado em 06/05/2011
Em uma reviravolta do organismo, é possível uma mulher engravidar mesmo já estando grávida. Esse fenômeno, denominado superfetação, pode trazer riscos para a mulher e o bebê. (foto: Jeinny Solis S./ scx.hu)
É possível uma grávida engravidar? A resposta mais óbvia para essa pergunta é negativa. Contudo, a ocorrência desse fenômeno ainda pouco estudado pela ciência e conhecido como superfetação pode surpreender muitos e dar pistas sobre os processos associados à reprodução humana.
A superfetação é um evento raríssimo em que ocorre a gestação simultânea de dois embriões em estágios de desenvolvimento diferentes em uma mesma fêmea. Isto só acontece se ela for capaz de ser fecundada mesmo já tendo um embrião em gestação em seu útero.
Para isso, a fêmea grávida deve ovular (na verdade, ovocitar, pois a célula liberada pelo ovário é um ovócito e não um óvulo) no ciclo seguinte ao qual engravidou pela primeira vez. Isso pode, a princípio, parecer simples. Contudo, não o é...
Apesar da ovocitação ocorrer a cada mês, esse processo é normalmente interrompido durante a gravidez devido à regulação da reprodução por meio da ação orquestrada de uma série de hormônios produzidos pelo organismo feminino.
Um desses compostos hormonais – o hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) – é produzido pelo hipotálamo, uma região localizada na porção central inferior do encéfalo. Ele é conhecido por exercer um controle sobre a glândula hipófise anterior ou adenohipófise que, por sua vez, comanda a secreção hormonal de outras glândulas do organismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário